Protestos intensificam-se contra o encerramento dos balcões da CGD

Em causa está a decisão do banco público em encerrar 23 balcões, essencialmente em Lisboa e no Porto. 

Protestos intensificam-se contra o encerramento dos balcões da CGD

Depois dos protestos de sexta-feira em Almada e em Alcântara contra o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD), está já marcada uma nova ação, desta vez na freguesia de Avenidas Novas, para segunda-feira. Em causa está a decisão da CGD de fechar já este mês 23 balcões.

A denúncia chegou por parte do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo CGD (STEC) e a medida irá afetar as regiões de Lisboa e Porto, mas também Coimbra e Ílhavo.

«Com estes encerramentos, de que se desconhecem outros motivos que não seja a intenção de reduzir despesas, mesmo à custa da desvalorização da capacidade da CGD enquanto banco público, não podemos deixar de registar, em simultâneo, um inevitável congestionamento dos restantes balcões dessas áreas, apesar destes já não conseguirem atualmente dar uma resposta adequada ao serviço, nomeadamente por decréscimo de trabalhadores (de 2012 a 2022 saíram da CGD mais de 3300 trabalhadores)», disse Pedro Messias, presidente do Sindicato do grupo. 

Estas ações de protestos estão a ser organizadas, por um lado, pela Comissão de Utentes contra o encerramento dos balcões da Caixa Geral de Depósitos, por entender que estes fechos de agências vão criar «dificuldades a todos os que residem e trabalham nessas freguesia», chamando ainda a atenção para o facto de a CGD ser  um banco público, «que, como tal, deve estar ao serviço do país».

E por outro lado, pelo PCP. Os vereadores comunistas já vieram alertar que a «Câmara Municipal de Lisboa não pode ficar indiferente à intenção de encerramento dos balcões da CGD e tem que salvaguardar os interesses de quem vive, trabalha, estuda ou visita Lisboa», lembrando que, desde 2017, a CGD encerrou em Lisboa cerca de 30 balcões, «prejudicando claramente a população». 

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