Angola. Eleitores-fantasma assombram as eleições

Estima-se que dos 14,3 milhões de eleitores angolanos, mais de dois milhões correspondam a mortos ou deslocados que não vão poder votar, porque os cadernos não estão expurgados desses casos.

Acusação 

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) foi acusada pelo Partido Humanista de Angola de aprovar atas de voto que não indicam o número de votantes. O partido argumenta que esta decisão permite que sejam adicionados eleitores-fantasma após o fim da votação nas eleições de 24 de agosto.

Correção 

“O modelo de ata da mesa de voto ora publicado, fornecido pela Indra [multinacional espanhola acusada pela oposição de estar ao serviço do MPLA, é inválido e deve ser imediatamente corrigido por não conter o número de votantes, que é um elemento de preenchimento obrigatório”, refere o Partido Humanista de Angola em comunicado.

Expugar 

Segundo este novo partido, que é liderado pela primeira mulher a concorrer a Presidente de Angola, Florbela Malaquias, a CNE publicou a “escassos dias” das eleições os “modelos de ata da mesa de voto, da ata síntese da assembleia de voto e o Regulamento Sobre a Organização e Funcionamento do Centro de Escrutínio Nacional”.

Estima-se que dos 14,3 milhões de eleitores angolanos, mais de dois milhões correspondam a mortos ou deslocados que não vão poder votar, porque os cadernos não estão expurgados desses casos.