Rússia será “responsabilizada por terror com mísseis” na Ucrânia

A União Europeia condenou o ataque russo que fez pelo menos 25 vítimas mortais.

A mais recente ofensiva da Rússia, o lançamento de um míssil numa estação de comboios que fez 25 vítimas mortais, foi considerado um “ataque hediondo” por parte da União Europeia, que prometeu que os ““responsáveis pelo terror russo com mísseis serão responsabilizados”.

“A União Europeia condena veementemente mais um ataque hediondo da Rússia contra civis, em Chaplino, no Dia da Independência da Ucrânia”, escreveu o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, na sua conta oficial de Twitter.

Pelo menos 25 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas neste ataque que atingiu um comboio na estação da cidade de Chaplino, cerca de 145 quilómetros a oeste de Donetsk, no este da Ucrânia.

Segundo o vice-chefe do gabinete do Presidente, Kyrylo Tymoshenko, quatro comboios foram incendiados e duas crianças foram mortas no ataque, escreveu no Telegram.

“Chaplino é a nossa dor hoje”, disse o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. “Neste momento, há 22 mortos (as declarações foram antes do número de vítimas mortais ter sido atualizado), cinco deles queimados no carro, um adolescente de 11 anos morreu”, disse, acrescentando que o número de mortos podia aumentar à medida que as operações de resgate continuassem.

“Definitivamente, faremos com que os invasores assumam a responsabilidade por tudo o que fizeram. E certamente expulsaremos os invasores da nossa terra. Memória eterna para todos aqueles cujas vidas foram tiradas por esses invasores, esses inimigos”, disse Zelensky. “A Ucrânia viverá para sempre. E só vai ficar mais forte a cada dia. (…) Glória eterna a todos os nossos guerreiros! Glória ao nosso povo! Glória à Ucrânia”, concluiu o Presidente ucraniano.

Este ataque coincidiu com o feriado do dia da independência da Ucrânia, que, ao contrário das tradicionais celebrações, foi marcado por avisos de que a Rússia preparava uma nova ofensiva.

“Sabíamos que a Rússia cometeria um ataque brutal e devastador no Dia da Independência da Ucrânia”, escreveu no Twitter a especialista em segurança internacional e desafios de segurança emergentes, Maria Avdeeva, acrescentando que Kiev continua em alerta para outros ataques aéreos.

Também nesta quinta-feira, o chefe da diplomacia da União Europeia recorreu ao Twitter para condenar a detenção de mais um ativista russo por se manifestar contra a guerra, Yevgeny Roizman, uma das figuras da oposição mais visíveis e carismáticas na Rússia, detido na quarta-feira sob a acusação de pretender desacreditar os militares russos.

“A União Europeia condena a detenção do ativista político russo Roizman por criticar a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Este é mais um ato de opressão do Kremlin, após meio ano da invasão da Ucrânia. A UE apela à sua libertação imediata e incondicional”, escreveu Josep Borrell.