Reclamação sobre ruído leva a PSP a descobrir lar ilegal em Carcavelos

A residência já estava aberta ao público “há cerca de um ano sem o respetivo Alvará de Licença de Utilização” e albergava cerca de 35 utentes.

Foi descoberto pela Polícia de Segurança Pública (PSP) um lar ilegal em Carcavelos, na passada sexta-feira. A instituição não tinha o devido alvará de licença de utilização.

A PSP tomou conhecimento desta ilegalidade depois de ter recebido alerta para uma “situação de ruído”, explicou a força de segurança em comunicado divulgado hoje.

De acordo com a reclamação, naquela residência ouviam-se “durante a noite e há vários dias” barulhos que “se assemelhavam a gritos e impediam o seu direito ao descanso”, relatou a PSP.

Quando os agentes se deslocaram ao local, verificaram que “a residência em causa se trataria de um Lar a funcionar ilegalmente”. Também foi possível constatar que o suposto lar já estava aberto ao público “há cerca de um ano sem o respetivo Alvará de Licença de Utilização” e albergava cerca de 35 utentes.

“Por sua vez, quanto à constituição da habitação, verificou-se que, apesar de ser composta por mais do que um piso, não existia qualquer ascensor que facilitasse a movimentação dos utentes de mobilidade condicionada entre os mesmos, sendo as escadas a única forma de acesso aos pisos”, notou ainda a PSP.

A força de segurança destacou também que os idosos encontrados não aparentavam “estar mal tratados”, no entanto, “foi percetível que as condições de higiene não eram as mais adequadas, sem descurar da falta de privacidade dos utentes, onde por existirem apenas dez quartos, alguns eram compostos por nove camas”.

Devido à situação de ruído, falta de documentação legal e também ao “imóvel não aparentar encontrar-se apto a proporcionar o devido bem-estar aos seus utentes”, a PSP sinalizou esta ocorrência à entidade competente.

Em relação à reclamação de ruído, os agentes confirmaram “dizer respeito a duas utentes que sofrem de uma patologia clínica e que de forma indiscriminada começam aos gritos”.