Marcelo ‘deu lição’ de história de 20 minutos a Bolsonaro

Chefe de Estado português adiantou que as presidenciais do Brasil não foi assunto abordado e recusou comentar estado da democracia brasileira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aproveitou o encontro, de 20 minutos, com o chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, para contar a história da vida de D. Pedro.

A reunião entre os dois chefes de Estado, no Palácio Itamaraty em Brasília, "correu muito bem, à medida dos 200 anos de História do Brasil", disse Marcelo Rebelo de Sousa, tendo-se evitado abordar a campanha às presidenciais do Brasil.

"Eu aproveitei para contar a história de D. Pedro, a vida de D. Pedro. Isso foi um grande ponto de partida", afirmou o Presidente português à comitiva de jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou para contar a Bolsonaro que D. Pedro "com menos de 35 anos tinha nascido e morrido no mesmo quarto do Palácio de Queluz, atravessado o Atlântico mais de uma vez, sido imperador do Brasil, sido rei de Portugal, vencido uma guerra civil e depois, com o trono nas mãos de sua filha, morrendo de tuberculose, logo a seguir a essa vitória".

O chefe de Estado português deixou ainda uma palavra, junto do homólogo do Brasil, sobre “o peso dos brasileiros em Portugal, que vão a caminho dos 250 mil – o que, para 10 milhões de habitantes, é um peso muito apreciável".

Para Marcelo, essa é a realidade que "faz a força da relação luso-brasileira, não é só portugueses a virem para cá, é brasileiros a irem para lá".

Questionado sobre se conversaram acerca da campanha eleitoral, o chefe de Estado respondeu: "Não, não se falou. Estava ali um Presidente da República com outro Presidente da República e, portanto, não se ia falar de problemas internos nem de um Estado nem do outro".

Marcelo Rebelo de Sousa recusou mesmo, desfiado pelos jornalistas, a comentar o estado da democracia brasileira. "Eu não vou falar das questões internas do Brasil", afirmou.

Sublinhe-se que o Presidente português está em Brasília a convite de Bolsonaro para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil.