Economia descolada da eleição

O auxílio em dinheiro para os mais vulneráveis atende a cerca de 40 milhões de pessoas. Importantes obras em todo país foram feitas, como a água no interior do Nordeste que Lula começou em 2005 e Bolsonaro terminou com mais da metade da obra. 

por Aristóteles Drummond

No mundo atual, a economia influi muito nas eleições, exceto na América Latina. As recentes eleições registram opções mais à esquerda, que costumam conduzir a crises no social e na economia. É o que acontece no Brasil onde as chances da volta de Lula da Silva são grandes. Apesar da economia na gestão de Bolsonaro apresentar, mesmo com pandemia e guerra na Ucrânia, bons números em relação a outros países. A inflação anual está abaixo de 8%, o emprego caiu para menos de 10%, as reservas cambiais estão robustas e o superávit no comércio, enorme. A previsão do crescimento é de mais de 2%. O auxílio em dinheiro para os mais vulneráveis atende a cerca de 40 milhões de pessoas. Importantes obras em todo país foram feitas, como a água no interior do Nordeste que Lula começou em 2005 e Bolsonaro terminou com mais da metade da obra. Mesmo assim, prevalece a imagem negativa de um presidente que nem assessor de imprensa tem e na postura pública, pois não ouve ninguém. Confia na comparação e nos erros do oponente no passado. E continua a colecionar atritos.

 

VARIEDADES

• O embaixador Juliano Féres Nascimento, 52 anos, é o novo representante do Brasil na CPLP. O diplomata chefiava a assessoria internacional do vice-Presidente da República General Hamilton Mourão.

• Moeda estável a poucas semanas de uma eleição que pode se refletir na economia. O real mantém valorização no ano de 20% sobre dólar e euro.

• Latam perde posição em relação a Gol e Azul no mercado interno. A empresa tem controle dividido entre chilenos e brasileiros.

• As máquinas agrícolas estão com vendas em alta, fruto dos resultados do setor. A indústria automobilística também apresenta as maiores vendas no meio rural.

• Uma segunda ponte ligando o Brasil ao Paraguai será entregue até o final do ano. A obra foi financiada pela Itaipu – hidroelétrica binacional – e o Estado do Paraná. A Usina, que é uma das três maiores do mundo, depois de meio século de obras iniciadas, foi finalmente paga. O Brasil avalizou os financiamentos para o Paraguai, que é parceiro na obra que aproveita águas comuns. A receita é significativa para o Paraguai.

• As redes de hospitais de referência disputam médicos relevantes com vontade. O Copa Star, do Rio, é onde opera o neurocirurgião Paulo Niemeyer, com clientela internacional. Em São Paulo, o Vila Nova Star tirou do Sírio-libanês outro seis estrelas, o maior urologista do Brasil e considerado entre os grandes do mundo, Miguel Srougi. A Rede D’or, no Rio, tem o conceituado Odilon Carvalho Neto como seu diretor médico. O grupo Mater Dei, de Minas, passou a ter hospitais de alto padrão em outras capitais, sendo sempre com um medico de referencia local.

• A temporada de concertos do Carnegie Hall, em Nova York, pela primeira vez, em outubro próximo, vai contar com uma orquestra sul-americana. A Orquestra Sinfónica de São Paulo, que vai apresentar composições de Heitor Villa-Lobos, o grande nome da música clássica brasileira.

• D. Pedro do Brasil e de Portugal, com os duzentos anos foi mais elogiado e divulgado do que os candidatos. Enfim, o reconhecimento. Na semana da Pátria nas redes sociais uma mensagem da jovem Princesa Maria Gabriela de Orleans e Bragança, que é Ligne por parte de mãe, comoveu a todos pela mensagem de amor ao Brasil.

• Nos cinemas um documentário de 100 minutos sobre Maria Betânia. O cineasta Carlos Jardim gravou depoimentos da artista no teatro do Copacabana Palace. Betânia tem 76 anos de idade e 56 de carreira artística.

• O arquiteto e decorador Chicô Gouvea, que atua no Brasil e em Portugal, em grande evento pelos seus setenta anos como fazem os nobres, pede doações a entidade de caridade e não presentes. Na burguesia menos responsável tem sido comum listas para dar presentes caros a aniversariantes ricos. Alguns muito ricos.

• A maioria dos aeroportos já com movimento igual ou até superior a 2019, antes da pandemia. Mas, passagens mais caras.

Rio de Janeiro, setembro de 2022