ONU acusa Rússia de intimidar e censurar opositores internos da guerra na Ucrânia

“A pressão exercida sobre os jornalistas, o bloqueio da internet e outras formas de censura são incompatíveis com o pluralismo da comunicação social e violam o direito de acesso à informação”, disse a responsável da ONU.

Nada AI-Nashif, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, acusou esta segunda-feira Moscovo de intimidar os opositores da guerra da Ucrânia. 

Na Rússia, “a intimidação, as medidas restritivas e as sanções contra pessoas que se opõem à guerra na Ucrânia prejudicam o exercício das liberdades fundamentais garantidas pela Constituição, em particular os direitos à liberdade de reunião, expressão e associação”, afirmou a alta-comissária em exercício, no discurso de abertura da 51ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, acrescentando que "a pressão exercida sobre os jornalistas, o bloqueio da internet e outras formas de censura são incompatíveis com o pluralismo da comunicação social e violam o direito de acesso à informação".

Deste modo, a responsável pediu à Rússia para “reconsiderar as medidas tomadas com o objetivo de estender o rótulo de ‘agente estrangeiro’ a pessoas consideradas ‘sob influência estrangeira’ e para criminalizar contactos não declarados com representantes de Estados ou organizações estrangeiras considerados atentatórios da ‘segurança’ da Federação da Rússia”.

O temas derivados da invasão russa serão abordados várias vezes durante esta sessão do Conselho dos Direitos Humanos, que estará reunido durante um mês.