Mulher julgada em Aveiro por roubo e sequestro

Vítima foi obrigada a ficar nua, tendo os agressores tirado fotografias ao seu corpo nu e ameaçado divulgar caso fosse feita queixa à polícia. 

Uma mulher de 47 anos começou esta terça-feira a ser julgada no Tribunal de Aveiro por suspeitas de ter sequestrado e roubado um homem de 54 anos, com o auxílio de dois outros homens que não estão identificados. A mulher, que faltou à primeira sessão do julgamento, está acusada dos crimes de roubo agravado, coação, sequestro agravado e burla informática.

O caso aconteceu em março do ano passado, quando o homem seguia na sua viatura, na zona da antiga colónia da Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, e se deparou com um carro parado no meio da via e um indivíduo com um triângulo na mão, que o mandou parar. 

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), este homem espreitou pelo carro da vítima, através do lado do acompanhante, e entrou no carro, apontando ao condutor uma pistola e dizendo-lhe para seguir em frente. 

Depois de percorrerem alguns quilómetros, o homem mandou a vítima parar o carro, vendou-lhe os olhos e mandou-a entrar num outro veículo conduzido por um segundo indivíduo.

Passando alguns minutos, esta segunda viatura parou e os indivíduos mandaram a vítima sair do carro e entrar numa casa, onde estaria a arguida a onde o mandaram despir.

Nesse momento, os assaltantes pegaram no telemóvel e na carteira da vítima e retiraram de lá o cartão multibanco, tendo exigido o código. 

A arguida ter-se-á dirigido a uma caixa ATM de um posto de estabelecimento, onde fez dois levantamentos, um de 150 euros e outro de 70, e onde pagou cinco euros de combustível, tendo sido apanhada pelas câmaras de videovigilância do estabelecimento.

Meia hora depois, os indivíduos devolveram o cartão à vítima, disseram-lhe para se vestir e voltar a entrar no carro e soltaram-no junto da sua viatura. 

A acusação do MP referiu ainda que os assaltantes tiraram várias fotografias ao ofendido quando este estava nu e ameaçaram divulgar as mesmas caso o homem fizesse queixa à polícia. 

A arguida chegou a estar em prisão preventiva, mas foi libertada após recurso da defesa para o Tribunal da Relação.