Banco de Fomento aumenta capital para 505 milhões

No primeiro semestre do ano, o BFA apoiou cerca de 1600 empresas. Banco de Fomento irá operacionalizar linha de crédito de 600 milhões anunciado pelo ministro da Economia e que irá avançar em outubro.

O Banco Português de Fomento (BPF) aumentou o seu capital social em 250 milhões, para 505 milhões de euros. Esta operação foi “enquadrada no âmbito das medidas para a recuperação económica, previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional, esta operação, aprovada pela Comissão Europeia e financiada pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), visa dotar o BPF da capacidade financeira para o pleno desenvolvimento da parceria nacional de implementação do programa InvestEU”, revelou em comunicado. Com este reforço, o Estado passa a deter quase 21%, o IAPMEI 75%, o Turismo de Portugal 4% e o restante capital (1,90%) fica nas mãos da AICEP. 

O banco diz ainda que, este aumento de capital social irá permitir “continuar a promover o apoio às empresas portuguesas e o crescimento da economia, através da concessão de garantias e outros instrumentos financeiros, em estreita colaboração com as instituições de crédito nacionais, e da mobilização de capitais do setor privado, potenciando a alavancagem de investimentos em áreas estratégicas para Portugal e para a União Europeia, designadamente nos quatro domínios estratégicos do Programa InvestEU (infraestruturas sustentáveis; investigação, inovação e digitalização; investimento social e competências; pequenas e médias empresas)”, acrescentando ainda que é uma medida que “contribui para os objetivos estratégicos inscritos no âmbito do próprio Mecanismo de Recuperação e Resiliência, em especial a transformação digital, a coesão social e territorial e o crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, com vista a melhor preparar as economias e sociedades europeias para os desafios e as oportunidades abertas pelas transições ecológica e digital”.

Ainda na semana passada foi revelado pelo ministro da Economia um reforço da linha de crédito em 600 milhões de euros para ajudar as empresas a mitigar o efeito da inflação, através de garantia mútua com prazo de oito anos que será operacionalizada pelo Banco de Fomento. Esta linha estará acessível a todos os setores a partir da segunda quinzena de outubro. “É uma linha abrangente, não só para os setores envolvidos com custos de energia elevados, mas também para os setores com outros efeitos da cadeia de abastecimento e das matérias-primas”, disse Costa Silva, referindo que “cobre o comércio e os serviços”.

O Banco de Fomento disse ainda que, no primeiro semestre, cerca de 1600 empresas portuguesas, por via de 556 milhões de euros de financiamento garantido e do coinvestimento de 44,7 milhões de euros em empresas, com recurso a instrumentos de capitalização.