Depois de arrasar Cuba, um “impacto catastrófico” na Florida

Furacão Ian está a caminho da Florida e autoridades alertam para um “impacto catastrófico”.

O furacão Ian deixou Cuba sem eletricidade e provocou uma vítima mortal. Neste momento, o furacão está a dirigir-se para a Florida e as autoridades já estão a alertar para o perigo de um “impacto catastrófico”.

“Este terá um impacto catastrófico, e não apenas nos locais atingidos pela tempestade”, explicou a administradora da Agência Federal de Gestão de Emergências, Deanne Criswell, avaliando as consequências que podem vir a ser registadas na Florida. “Estamos realmente preocupados com todas as inundações no interior porque estão a trazer muita chuva e se moverão lentamente, o que significa que as pessoas no caminho sofrerão os impactos por um longo período de tempo”.

O governador da Florida, Ron DeSantis, declarou o estado de emergência e mobilizou cinco mil soldados da Guarda Nacional do estado da Florida, com outros dois mil de prontidão nos estados vizinhos.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também declarou o estado de emergência, autorizando o Departamento de Segurança Interna e a Agência Federal de Gestão de Emergências a coordenar o socorro a desastres e fornecer assistência para proteger vidas e propriedade.

O furacão Ian atingiu na manhã de terça-feira a província de Pinar del Rio, no oeste de Cuba, onde as autoridades disponibilizaram 55 abrigos e evacuaram 50 mil pessoas das suas casas.

Cuba estava já a atravessar uma crise energética, uma vez que, da capacidade total de geração do país de 3.000 megawatts (MW), apenas 1.824 estavam em funcionamento.

Num comunicado, a empresa Unión Elétrica (UNE) disse que a rede nacional cubana “está numa situação excecional: geração zero de eletricidade [sem fornecimento de eletricidade no país]”.

De acordo com o jornal oficial Juventud Rebelde, a falha ocorreu após a central termoelétrica Antonio Guiteras, uma das maiores do país, “ter saído de rede”. A ligação não foi ainda resposta, acrescentou.

A falha atingiu inicialmente cerca de um milhão de pessoas nas províncias ocidentais de Cuba, mas posteriormente toda a rede deixou de receber energia.