Inteligência e burrice emocional

O Presidente Bolsonaro deve ser derrotado por ele mesmo. Faz um governo com excelentes resultados, com crescimento de quase 3% este ano, inflação abaixo de 8%, reservas internacionais entre as três maiores do mundo, desemprego abaixo de 10%, auxílio financeiro a mais de 21 milhões de famílias, obras públicas de governos anteriores terminadas e deve…

A eleição no Brasil faz valorizar a relevância da inteligência emocional. Esta vem desde os tempos de Roma, quando se cunhou a frase de que ‘a mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta’.

O Presidente Bolsonaro deve ser derrotado por ele mesmo. Faz um governo com excelentes resultados, com crescimento de quase 3% este ano, inflação abaixo de 8%, reservas internacionais entre as três maiores do mundo, desemprego abaixo de 10%, auxílio financeiro a mais de 21 milhões de famílias, obras públicas de governos anteriores terminadas e deve perder. Inclusive no Nordeste, onde terminou a grande obra de transposição do Rio São Francisco, para dar água a mais de 25 milhões de brasileiros, projeto iniciado por Lula para terminar em 2015 e que Bolsonaro acabou fazendo mais da metade, nos últimos três anos. Na região não deve ter um terço dos votos.

Embora tenha o raciocínio na direção correta, a falta de educação, cultura, postura pessoal e da família – exceto a exemplar mulher, que é a terceira –, as repetidas e diárias bobagens que fala e a infantil presença em motociatas, mais de uma vez por semana, o fazem impopular. Como disse um importante jornalista, Bolsonaro não perde a oportunidade de falar uma besteira. Tem mais de trinta milhões de seguidores fieis, o que não é suficiente para vencer.

Já Lula da Silva deu um show de sabedoria. Fez campanha discreta, para não se comprometer nem publicou programa de governo, segurou seus companheiros para não agredir demais candidatos para colher seus votos numa eventual segunda volta. Escolheu um adversário em duas eleições para seu vice, para tranquilizar o centro.

A esquerda costuma ser incompetente para governar, mas sabe iludir o eleitorado. Quem viver verá!
 
Variedades

• É inquestionável o feito do governo Bolsonaro quanto à apreensão de drogas diversas no Brasil. Atualmente a maconha sintética domina o mercado. Mas o consumo nas prisões ainda é difícil de controlar. Nos últimos três anos, a ação policial multiplicou por 20 o volume de droga apreendida.

• Dalal Achcar, o maior nome do ballet brasileiro, levou a São Paulo o espetáculo que concilia o clássico com o contemporâneo, com 18 bailarinos. Dalal foi responsável pela apresentação do ballet brasileiro, há meio século, quando da visita da Rainha Elizabeth II ao Brasil.

• O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, procurou ser o mais reservado e discreto no seu encontro, em Nova York, com o colega russo Sergey Lavrov, por indicação do Presidente. França é diplomata de carreira e sabe que seus colegas, na grande maioria, não concordam com a posição dúbia do Brasil na questão da Ucrânia.

• Entre as boas promessas eleitorais, antigas e repetidas, seriam realizações marcantes se a economia permitisse pelo volume dos investimentos: em São Paulo, o túnel ligando Santos ao Guarujá e, no Rio, o metropolitano via túnel chegar a São Gonçalo. A ponte Presidente Costa e Silva, de 13 km, que liga o Rio a Niterói, está insuficiente para dar conta do movimento.

• Lula da Silva, que tem adeptos no mercado de capitais, anunciou que vai revogar o teto de gastos fixado em lei, que limita gastos públicos ao orçamento aprovado pelo Parlamento.

• O mundo do óleo e gás esteve reunido em exposição no Rio. Foram mais de 300 expositores e 30 mil visitantes nos quatro dias do evento, na região portuária. O setor tem uma previsão de investimentos anuais na casa dos cinco mil milhões de euros.

• No primeiro dia de venda dos ingressos para a decisão da Copa Brasil, dia 19 próximo, a torcida do Flamengo comprou todos os ingressos disponiveis.