TAP recua e mantém frota de carros

Em causa estava a encomenda de uma nova frota de automóveis.

A TAP vai manter a frota atual de automóveis das chefias por mais um ano, enquanto reavalia a sua política de mobilidade, afirmou a companhia aérea. Este recuo surge depois da polémica, em torno da informação de que a empresa que iria comprar cerca de meia centena de viaturas de marca BMW para administradores e diretores. “A Comissão Executiva da TAP compreende o sentimento geral dos portugueses e, apesar da decisão que tomou quanto à frota automóvel ser a menos onerosa para a Companhia nas atuais condições de mercado, a TAP procurará manter a atual frota durante um período máximo de um ano, enquanto reavalia a política de mobilidade da empresa”, refere.

Em causa está a notícia avançada pela TVI/CNN de que a TAP teria encomendado uma nova frota de automóveis BMW corporativa, substituindo os da Peugeot, que terão um valor de mercado a partir dos 52 e dos 65 mil euros. As estruturas sindicais ligadas à companhia de aviação não pouparam críticas à medidas. O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil sugeriu à TAP a mesma lógica de “gastar-mais, para poupar”, com que a companhia se defendeu sobre a renovação da frota automóvel corporativa, para a reposição das condições laborais dos trabalhadores. “Seguindo o racional da justificação por parte de quem optou por adquirir viaturas nesta altura tão sensível, que tem como fundamento uma miraculosa poupança, sugerimos a mesma lógica de “gastar mais, para poupar” para a reposição de dignidade aos trabalhadores”, diz a estrutura sindical. 

Também o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) garantiu que “foi com enorme estupefação e uma boa dose de vergonha alheia foi  confrontado com uma notícia que pode até ter uma rebuscada justificação económica, mas que é ética e moralmente condenável”.