Ucrânia sob ataques na capital e em várias cidades durante hora de ponta desta segunda-feira

O centro de Kiev já não era atacado desde junho. Há registo de, pelo menos, oito mortos e 24 feridos. 

A capital Kiev e várias cidades ucranianas foram bombardeadas, esta segunda-feira durante a hora de ponta, provocando, pelo menos, oito mortes e 24 feridos, segundo disse um adjunto do ministro do Interior da Ucrânia, Rostyslav Smyrnov, citado pela Sky News.

O centro de Kiev já não era atacado desde junho. Segundo a agência Reuters, um dos mísseis caiu perto de um parque infantil e as ruas da cidade estão rodeadas com focos de colunas de fumo negro. As outras explosões registaram-se em Lviv, Ternopil e Zhytomyr no oeste da Ucrânia e ainda em Dnipro e Kremenchuk no centro da Ucrânia. No total, foram lançados 75 mísseis, dos quais 41 foram abatidos pelas forças ucranianas, confirmou o Ministério da Defesa da Ucrânia na rede social Twitter. 

"Eles estão a tentar destruir-nos e limpar-nos da face da terra…destruir o nosso povo que dorme em casa, em Zaporizhzhia. Matar pessoas que vão trabalhar em Dnipro e Kyiv", reagiu o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky num vídeo publicado na rede social Telegram.

E acrescentou: "O alarme de ataque aéreo não para em toda a Ucrânia. Há mísseis a cair. Infelizmente, há mortos e feridos. Por favor, não deixem os abrigos. Cuide de si e dos seus entes queridos. Seguremo-nos e sejamos fortes".

De acordo com a agência Reuters, as janelas dos edifícios da Universidade de Taras Shevchenko, em Kiev, foram rebentadas, tendo sido necessário o apoio das tropas ucranianas totalmente equipadas no exterior do edifício.

"A capital está a ser atacada por terroristas russos! Os mísseis atingiram objetos no centro da cidade (no distrito de Shevchenkivskyi) e no distrito de Solomyanskyi. As sirenes dos ataques aéreos estão a disparar e, por conseguinte, a ameaça continua", afirmou o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, nas redes sociais, ao afirmar que as ruas centrais da capital “foram bloqueados por agentes da lei” e que os serviços de socorro já estão a trabalhar.

Note-se que os ataques ocorreram após à explosão que danificou a ponte que liga a Rússia à península da Crimeia. O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerou este ataque como "um ato de terrorismo destinado a destruir infraestruturas civis criticamente importantes" e nomeou os serviços especiais ucranianos como os autores do ataque.

"Isto foi concebido, levado a cabo e ordenado pelos serviços especiais ucranianos", disse Putin num vídeo partilhado no Telegram.

Porém, a Ucrânia não reivindicou a autoria da explosão, mas celebrou-a. Após esta alegada ofensiva, Putin vai reunir-se com seu o Conselho de Segurança já esta segunda-feira.