PCP acusa Governo de beneficiar dos grupos económicos no OE2023 e promete ‘soluções’

Paula Santos critica proposta e diz que o Executivo “mais uma vez se submete aos ditames da UE.

PCP acusa Governo de beneficiar dos grupos económicos no OE2023 e promete ‘soluções’

"Da parte do PCP, iremos naturalmente intervir com propostas, soluções concretas, para dar respostas a estes problemas que afetam os trabalhadores e o povo", concluiu Paula Santos, depois de uma intervenção crítica da proposta de Orçamento de Estado para 2023.

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"Quando era necessário recuperar o poder de compra perdido dos salários e das pensões, quando era necessário intervir para controlar os preços dos bens essenciais e impedir a especulação e o aproveitamento por parte dos grupos económicos a pretexto das sanções e da guerra, quando era necessário reforçar serviços públicos, dinamizar o investimento público e o crescimento económico, aquilo que o Governo nos apresenta é exatamente o contrário. Esta é uma proposta de Orçamento em que o Governo mais uma vez se submete aos ditames da UE, àqueles que são os critérios do Euro e às cedências por parte dos grupos económicos", critica a deputada comunista.

"Contas certas, essas só mesmo para os grupos económicos. São os únicos que beneficiarão das medidas que estão a ser propostas no Orçamento e fora do mesmo", ataca, considerando que esta é "uma proposta que não responde e contribui para o agravamento das desigualdades", para além de não "dar confiança para o futuro". Antes pelo contrário, "compromete-o".

"Este é um Orçamento que conduz ao agravamento do empobrecimento, ao continuar com a perda de poder de compra de salários e pensões, ao permanecer com injustiças fiscais em que os beneficiados são os grupos económicos e o capital, ao contribuir para o agravamento da situação do SNS, ao se desresponsabilizar daquilo que são as suas responsabilidades em matéria de escola pública, mas também ao não investir naquilo que é necessário em termos de investimento público, que é muito insuficiente e que não dá resposta na área da habitação mas também num conjunto de equipamentos sociais como lares ou creches", continua Paula Santos, para quem este é um "Orçamento que, face à realidade que vivemos no nosso país de agravamento das condições económicas e sociais, de aumento de preços de bens essenciais e de aproveitamento por parte dos grupos económicos, não dá a resposta que é necessária".