Tribunal impõe tratamento psiquiátrico a mulher que tentou atear incêndios em Coruche

Mulher foi considerada inimputável. 

Uma mulher de 66 anos vai ter de fazer tratamento médico psiquiátrico depois de, a 13 de outubro de 2021, ter praticado três crimes de incêndio na forma tentada, em Coruche. 

A mulher, residente em Macedo de Cavaleiros, foi considerada inimputável e, por isso, o coletivo de juízes do Tribunal de Santarém absolveu-a dos crimes, impondo que, face à sua perigosidade, mas tendo em conta a "prognose favorável" de cumprimento da determinação do tribunal em ambulatório, fosse submetida a tratamento psiquiátrico sob vigilância dos Serviços de Reinserção Social.

Sérgio Sousa, presidente do coletivo de juízes, afirmou que o Tribunal não teve dúvidas de que a mulher tentou atear um incêndio florestal, onde foi apanhada em flagrante por testemunhas oculares, nem da tentativa de acender uma fogueira em cima da grade onde se encontravam botijas de gás numa bomba de combustível, pois as imagens correspondem às da arguida, a qual se deslocava com a ajuda de uma canadiana.

A mulher terá dormido num alojamento local em Coruche de 12 para 13 de outubro de 2021 e foi acusada pelo Ministério Público (MP) de, na madrugada de dia 13, com recurso a um isqueiro, ter pegado fogo a um contentor do lixo e de ter tentado, por duas vezes, fazer explodir as botijas de gás da gasolineira. 

De acordo com o MP, a mulher pegou também fogo à parte dianteira de um veículo que se encontrava num parque de estacionamento e, na estrada que liga Coruche à Fajarda, ateou fogo a vegetação rasteira, tendo sido avistada e retida por populares até à chegada da GNR.