António Costa fala em Conselho Europeu construtivo mas inconclusivo

O líder português admitiu que saía “animado” do Conselho Europeu porque, apesar de não haver “dinheiro novo”, foi “admitida a possibilidade de dar nova utilização às verbas que já foram autorizadas” pela Comissão. 

Depois do debate do Conselho Europeu, em Bruxelas, o primeiro-ministro português, António Costa, disse em conferência de imprensa que se tinha feito "um bom caminho na direção certa", apesar de a reunião não ter sido conclusiva. 

"Infelizmente, o debate não foi totalmente conclusivo, mas gostaria de sublinhar que, ao contrário do que aconteceu em outras ocasiões, foi um debate que decorreu de forma muito cordial, construtiva, onde todos fizeram um esforço para aproximação de posições. Apesar de ainda não haver uma conclusão, fez-se um bom caminho, um bom caminho na direção certa para podermos ter uma resposta comum da União, que assegure a competitividade das nossas empresas, a integridade do mercado interno e que não há uma grande desigualdade na capacidade de resposta dos países em função da sua capacidade orçamental", afirmou o primeiro-ministro. Contudo, o que ficou "em aberto" foi, em concreto, "como se vai fazer". 

O líder português admitiu ainda que saía "animado" do Conselho Europeu porque, apesar de não haver "dinheiro novo", foi "admitida a possibilidade de dar nova utilização às verbas que já foram autorizadas" pela Comissão. 

Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) concordaram esta sexta-feira em "trabalhar em medidas" de modo a conter os elevados preços da energia, acentuados pela guerra da Ucrânia. 

"Quanto à energia, foram mandatados os ministros da Energia e também os das Finanças para nas próximas reuniões do Conselho poderem estudar e avançar no conjunto de propostas que a Comissão apresentou, designadamente as que têm a ver com as compras conjuntas de energia, com a criação de um mecanismo de fixação de um preço máximo que evite picos de crescimento dos preços da eletricidade e do gás", informou ainda António Costa.