A democracia é o pior dos regimes políticos

Tudo isto nos devia indignar… mas o povo ‘é sereno’ e agradece a ignorância para não se chatear mais. Os nossos 21 eurodeputados devem ler pela mesma cartilha do Governo da Nação e do seu areópago nada dizem a quem os elegeu. O povo, mais uma vez agradece, até porque tem mais desgraças com que…

por António Maria Coelho de Carvalho
Médico   
         

 

Churchill teria razão se acrescentasse «quando os políticos não garantem a liberdade de expressão ao Povo e o enganam, com mentiras ou ocultação da verdade dos factos».

Nunca me senti tão enganado pelos políticos, jornalistas e outros fazedores de opinião. Nonagenário e vivendo nesta espécie de democracia, fruto do 25 de Abril, nunca, no Estado Novo, me senti tão enganado. Embirrávamos com Salazar, mas tínhamos consciência de que, à sua maneira, procurava servir Portugal sem se servir da Nação para proveito próprio.

No sábado passado, 15, Kathleen van Brempt presidente da Comissão Especial sobre a pandemia da covid, no Parlamento Europeu, anunciou estar a investigar a compra das vacinas: o volume de vacinas compradas, bem como o montante pago pela União Europeia.

Transcrevo parte de um artigo do Página UM, um jornal, creio que digital, em português, publicado na Alemanha.

«Em apenas uma semana, a Europa acordou para a necessidade de saber, afinal, o que se passou com a compra de vacinas contra a covid-19. A Procuradoria Europeia anunciou que tem em curso uma investigação à compra das vacinas. O anúncio surgiu numa semana polémica na Comissão Especial sobre a pandemia da covid-19, no Parlamento Europeu. Hoje, a presidente desta Comissão surpreendeu muitos eurodeputados com declarações no Twitter a defender a investigação à compra das vacinas e a questionar o secretismo em torno dos contratos com a Pfizer. […] Recorde-se que com base na garantia de que as vacinas impediam a infeção e o contágio, foi imposto o chamado ‘certificado digital’ ou ‘passaporte sanitário’, criando-se a maior operação de segregação da população da História moderna. Além disso, foi por uma suposta maior transmissibilidade dos não vacinados que responsáveis políticos contribuíram para espalhar a estigmatização sobre quem voluntariamente optava por não se vacinar[…].

No dia 10 de outubro, Janine Small, presidente da divisão de mercados internacionais da Pfizer, admitiu que, na altura da introdução da vacina no mercado, nunca tinha sido testada para verificar se impedia a transmissão do virus».

Tudo isto nos devia indignar… mas o povo ‘é sereno’ e agradece a ignorância para não se chatear mais. Os nossos 21 eurodeputados devem ler pela mesma cartilha do Governo da Nação e do seu areópago nada dizem a quem os elegeu. O povo, mais uma vez agradece, até porque tem mais desgraças com que se distrair, desde os comentários aos comentários do Presidente da República, à seca, à inflação, ao fecho de maternidades e serviços correlativos e a todas as desgraças da primeira página do Correio da Manhã.

Também a comunicação social, quero dizer os jornais e os canais de televisão, têm piedade de nós e com razão.

 

1. Esta história das vacinações vai durar anos e a confusão a que vamos a assistir, possivelmente em tribunais, é só o primeiro ato da tragicomédia ‘O Crime por vezes compensa’, que se espera não terminar mal, mas o melhor é esperar para ver.

2.No segundo acto talvez possamos assistir a algo parecido com uma revista à portuguesa: a revolução do SNS.

3. No terceiro, uma ópera A Força do Destino, em que os médicos alopatas, já sem o apoio da Farmáfia, se juntarão aos homeopatas e reconhecendo a complexidade dos seres vivos, procurarão conversar sobre a melhor maneira de evitar doenças, sem eles, médicos, morrerem à fome.

4. No quarto e último ato, só música A Verdade, é de Béchamp ou de Pasteur?

 

Posfácio: Esquecia-me de dizer que o que me alertou para as misérias douradas das vacinações foi uma pequena notícia no “site” do ADN (www.adn.com.pt)., que eu visitava pela primeira vez.

Para quem não saiba que ADN pode ser o nome de um partido político (julgo eu sem aspirações a ser “governo”) esclareço que é a sigla do partido Alternativa Democrática Nacional,  constituido por gente da pior espécie, negacionistas, amigos da verdade, politicamente incorrectos, que preferem ser teimosos a “resilientes”. …
Vou ver se resisto à tentação de ser seu militante. 

Pela Verdade, A Bem da Nação, Unidos Venceremos

 

Tramagal, 17 de Outubro de 2022

             coelhocarvalho1928@gmail.com