Bispo Auxiliar de Lisboa reconhece que há padres no ativo acusados de abusos

“Estaria mais descansado se houvesse uma partilha permanente das denúncias a cada diocese pela Comissão Independente”, afirmou Américo Aguiar.

O Bispo Auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, admitiu que há padres acusados de abusos sexuais que ainda estão em funções e reconheceu que o “normal” seria o afastamento das pessoas após denúncias.

"Após uma denúncia e uma conversa do sacerdote com o bispo da sua diocese o normal seria que acontecesse essa decisão. Não tendo conhecimento do conteúdo das denúncias posso aceitar que existam decisões diferentes, mas o normal é que a decisão fosse o afastamento das funções", afirmou Américo Aguiar, esta terça-feira, após uma cerimónia de entrega do prémio Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) atribuído à Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica.

"Estaria mais descansado se houvesse uma partilha permanente das denúncias a cada diocese pela Comissão Independente, mas compreendo que pudesse causar nas vítimas desconforto ou desconfiança. Se calhar é por isso que não partilham, mas depois não se pode fazer coincidir essa boa vontade que eu acho que seria positiva", sublinhou o bispo.