Português detido em Hong Kong por incentivar à “violência” e ao “ódio” ao território

O caso será julgado a 26 de janeiro do próximo ano e o suspeito mantém o direito de pedir uma revisão da fiança em 11 de novembro.

Um cidadão português, de 40 anos, encontra-se detido por suspeitas do crime da sedição, por ter publicado conteúdos nas redes sociais que as autoridades de Hong Kong consideram que incentivam à “violência” e ao “ódio” ao território.

O homem, professor no Royal College of Music no Reino Unido, está detido e foi-lhe negada fiança por um juiz do tribunal do distrito de West Kowloon, escreve o jornal Hong Kong Free Express.

As autoridades acusaram o cidadão português de "trazer ódio e desprezo" e "estimular o descontentamento" contra o governo da China, além de promover a "desobediência" civil e "incitar à violência" através das redes sociais.

O caso será julgado a 26 de janeiro do próximo ano e o suspeito mantém o direito de pedir uma revisão da fiança a 11 de novembro.

O ministério dos Negócios Estrangeiros tem conhecimento do caso. "De momento, o MNE, através do consulado-geral de Portugal em Macau, está a diligenciar junto das autoridades de Hong Kong para apurar mais elementos sobre este caso, bem como informar em conformidade a família, da qual foi recebido contacto", referem as autoridades portuguesas, à agência Lusa.