CGD. Sindicato critica “silêncio” da administração

 Sindicato dos Trabalhadores do grupo CGD quer mais apoios perante o aumento da inflação e lembra que é o banco “maior e mais lucrativo”.

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) pediu uma reunião urgente ao presidente executivo da Caixa para reclamar apoios face à escalada da inflação. De acordo com a estrutura sindical, é “inqualificável e ensurdecedor” o “silêncio” da administração da CCG – “o maior, o mais credível e mais lucrativo banco do país” – face à “inflação galopante, à subida obscena do custo de vida, ao ‘aperto de cinto’ e à dificuldade de aquisição de muitos bens essenciais”. O banco prepara-se para apresentar resultados esta quinta-feira referentes até setembro, mas nos primeiros seis meses do ano, a instituição financeira lucrou 486 milhões. 

“Surpreendentemente, a administração da CGD continua ‘muda e queda’, como se vivesse numa redoma”, critica o sindicato e lembra que “frequentemente”, a administração da CGD justifica “a sua gestão com base no tal ‘mercado concorrencial e muito competitivo’”, afirmando “que não se pode colocar à margem deste”, o STEC questiona: “Perante as medidas que os outros bancos já implementaram para apoiar os seus trabalhadores, será que a CGD, neste caso, já não irá justificar-se com a concorrência? Ou só considera a concorrência para cortar rendimentos e direitos aos trabalhadores?”.

E acrescenta: “Temos perfeita noção que os nefastos efeitos da inflação não atingem todos por igual, já que existem na CGD cidadãos que auferem mensalmente remunerações da ordem dos 15, 20 ou 30 mil euros, acrescidas de um bónus anual de centenas de milhares de euros, com transporte gratuito e generosas despesas de representação. A estes, é óbvio que a inflação galopante e o aumento do custo de vida nada lhes diz”.