PRR. Costa e Medina confiantes na execução

Garantias surgem depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter dado um puxão de orelhas à ministra da Coesão devido à fraca execução dos fundos.

“O Governo está coletivamente empenhado em ter uma boa execução dos fundos comunitários”, a garantia foi dada pelo ministro das Finanças, afirmando ainda que estava convicto de que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) será cumprido no calendário previsto, até 2026.

Esta garantia surge depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter avisado a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que estará “muito atento” e não a perdoará caso descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que acha que deve ser,  ainda assim, Medina não quis comentar estas declarações  por quem disse ter “particular estima”.

Já ontem de manhã, o primeiro-ministro manifestou-se tranquilo com o ritmo de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e frisou que quem tem responsabilidades executivas deve cumprir o plano sem ansiedades e sem preocupação de alimentar noticiários, já depois de se ter referido aos “momentos de criatividade” do Presidente da República, que “ninguém leva a mal”.

Ainda na sexta-feira, a ministra da Presidência, que tutela os fundos europeus, anunciou que “50% do total dos fundos estão já contratados” e que espera uma aceleração da execução nos próximos meses, tendo sido pagos cerca de mil milhões. Mariana Vieira da Silva disse ainda que o Governo está empenhado na “plena execução” e que, em janeiro, vai iniciar a renegociação do PRR com Bruxelas. 

A fraca execução do PRR tem sido alvo de fortes críticas por várias entidades empresariais ao Nascer do SOL. Luís Miguel Ribeiro já garantiu que, “desde o início, a AEP demonstrou elevada preocupação pela baixa alocação do PRR às empresas. A alocação direta é de apenas cerca de um terço", acrescentando ainda que «os dados parecem demonstrar, de forma objetiva, que as vozes críticas têm razão de ser”.

No entanto, para o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o problema do PRR está, sobretudo, relacionado com a sua implementação e execução e não com os prazos de pagamento. Mas deixou críticas aos preços base dos concursos, alegando que têm de ser ajustados.