Rússia vai ensinar preparação militar nas escolas a partir de 2023

Formação, segundo o jornal russo Izvestia, terá um total de 140 horas e será dada a alunos dos últimos anos do ensino secundário, com idades entre os 17 e os 18 anos. 

O ensino russo vai incluir, a partir do próximo ano, um curso inicial de preparação militar, anunciou esta quarta-feira o ministro da Educação da Rússia, Sergei Kravtsov. 

A nova atualização dos conteúdos do programa escolar "terá início a partir do próximo ano letivo”, adiantou o ministro. “A sua preparação será feita até 1 de janeiro e depois será estudada a sua aprovação.” 

A ideia é de Sergei Mironov, deputado e líder do partido Rússia Justa, que também hoje publicou uma mensagem no Telegram a anunciar que "o Ministério da Defesa russo apoiou a introdução, no programa escolar, de um curso de preparação militar inicial". 

Na sua ótica, o curso de preparação militar, que "permitirá aos cidadãos prepararem-se de forma planeada para um possível confronto com o inimigo", deve ensinar aos jovens táticas de ações de combate como também “trabalho psicológico”, e os professores têm de ser "pessoas com experiência em combate, veteranos de ações de combate". 

"Com a introdução deste objetivo [nos currículos escolares], vamos dar um trabalho real a milhares de pessoas que amam sinceramente o país e que conhecem a teoria e a prática de conduzir ações de combate", escreveu ainda Mironov, referindo que todos os grupos parlamentares da câmara baixa do parlamento russo (Duma) apoiam a iniciativa. 

A formação, segundo o jornal russo Izvestia, terá um total de 140 horas e será dada a alunos dos últimos anos do ensino secundário, com idades entre os 17 e os 18 anos.