As empresas em Portugal que testam a semana de quatro dias de trabalho

Horários reduzidos são adaptados às necessidades de trabalhadores e empresas.

Ainda que o assunto esteja em discussão, em Portugal já há várias empresas a experimentar a semana dos quatro dias de trabalho, embora as experiências não sejam iguais para todos. O caso mais recente pertence à empresa 360imprimir.pt que adota, desde o mês passado, este modelo. Esta decisão surge depois de a tecnológica portuguesa ter encerrado os seus escritórios em Lisboa e em Braga, passando a adotar o trabalho remoto.

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“O modelo de 36 horas de trabalho em quatro dias por semana será implementado de forma experimental, tendo a empresa assumido um piloto de dois anos. A adesão é voluntária e a aceitação tem sido um êxito, com a adesão quase total dos seus colaboradores a este novo modelo pioneiro em Portugal”, explicou a companhia.

No entanto, o modelo será adaptado para os funcionários que trabalham no atendimento ao cliente. A empresa fez as contas: haverá uma redução de 17% dos dias de trabalho por ano, para 186 dias, e uma redução das horas de trabalho de 7%, para as 1672 horas”.  E a medida implica também um aumento do salário, feito através de um ajuste no subsídio de refeição.

Mas há outros casos, ainda que modelos diferentes. A Feedzai retomou este modelo mas com ajustes face ao modelo levado a cabo no verão do ano passado.

Já a PHC Software vai permitir aos colaboradores tirar 12 sextas-feiras por ano para tempo pessoal, introduzindo as semanas de quatro dias sem qualquer compensação horária.

Também o Doutor Finanças, depois de uma primeira experiência, decidiu voltar a implementar a semana laboral de 32 horas. Mas apesar da redução do horário, os rendimentos dos trabalhadores mantêm-se inalterados apesar da redução de horário.

E são várias as empresas que já avançaram com a medida de darem a tarde de sexta-feira aos seus trabalhadores. Um dos casos é a Sonae, dona do Continente, que “oferece” uma tarde aos colaboradores que trabalham nos escritórios.

Já a empresa Bmviv de Viana do Castelo, que já dá folga aos trabalhadores à sexta-feira à tarde, está a ponderar avançar em 2023 para o modelo da semana de trabalho de quatro dias. Mas o regime laboral de 36 horas semanais e folgas à sexta-feira à tarde implicava que os funcionários dessem em troca uma das sextas para trabalho de voluntariado na comunidade, associado a causas de responsabilidade social da própria empresa.