Ativistas convidam Costa Silva a visitar ocupação no Camões

“Queremos convidar o ministro Costa Silva a vir à nossa ocupação no [Liceu] Camões [em Lisboa] amanhã [segunda-feira] e ouvir uma palestra sobre a crise climática dada por nós”, disse Clara Pestana, ativista e uma das porta-vozes do movimento ‘Fim ao fóssil: Ocupa!’, à agência Lusa.  

Os ativistas pela luta climática convidaram este domingo o ministro da Economia, António Costa e Silva, a visitar, na segunda-feira, a ocupação no Liceu Camões. 

"Queremos convidar o ministro Costa Silva a vir à nossa ocupação no [Liceu] Camões [em Lisboa] amanhã [segunda-feira] e ouvir uma palestra sobre a crise climática dada por nós", disse Clara Pestana, ativista e uma das porta-vozes do movimento 'Fim ao fóssil: Ocupa!', à agência Lusa.  

Note-se que o convite surge após o ministro da Economia ter dito hoje que está solidário com os movimentos climáticos, considerando que as manifestações são legítimas e mostrando disponibilidade para estar reunido com os ativistas. 

Ainda à Lusa, uma outra porta-voz do movimento, Alice Gato, comentou a posição do ministro. "Nós não precisamos da solidariedade do ministro da Economia. Precisamos de um plano de investimento massivo por parte do Estado, de seis a nove mil milhões [de euros] de investimento público para empregos para o clima", afirmou. 

Disse ainda ser necessário que "não haja novo gasoduto, "declarações de que se pretende furar Portugal com mais gás fóssil" e "que não haja greenwashing". 

"Também não precisamos que haja um maior investimento de renováveis que não esteja diretamente associado ao corte de emissões de gás com efeito de estufa", considerou. 

Note-se que Costa e Silva também já reagiu ao pedido de demissão pelos ativistas:  "Em todo o meu percurso ao longo de 20 anos não só fui um defensor das energias renováveis, como agora no Governo estamos a potenciar a aplicação dessas energias e a desenvolver tudo para que a transição energética funcione". 

"É um facto que tive uma carreira nas indústrias do petróleo e particularmente na empresa Partex, mas nunca defendi nos últimos 20 anos o maior uso do petróleo. Pelo contrário, mesmo dentro da Partex, o que defendi foi a diversificação da companhia com a aposta crescente nas energias renováveis e a Partex, com a sua acionista na altura – a Fundação Calouste Gulbenkian –, foram um dos principais investidores no 'cluster' de energias renováveis que se desenvolveu em Portugal", justificou.