Frente Comum fala em 80% de adesão à Greve Geral

Paralisação está a causar perturbações nos hospitais, na recolha de resíduos e há também várias escolas encerradas.

A adesão à Greve Geral, que está a afetar vários setores esta sexta-feira, é de 80%, quem o diz é Sebastião Santana, dirigente sindical da Frente Comum, em declarações no Hospital São José em Lisboa, onde, garantiu, já se sentem várias perturbações nos serviços.

"Os dados que temos da noite um extraordinário arranque da greve, com perturbações na recolha de resíduos sólidos em todo o país e serviços mínimos nos hospitais", afirmou.

O representante da Frente Comum adiantou ainda que várias escolas estão encerradas em todo o país, entre muitas outras perturbações.

Os trabalhadores da Administração Pública pedem ao Governo um aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100 euros, pois só desta forma não se perderia poder de compra, defende a Frente Comum.

O aumento proposto pelo Governo de 3,3% em média é considerado, pelos sindicatos, insuficiente e constituí uma proposta ao empobrecimento.

"O Governo entrou com a mesma proposta com que saiu, a única evolução que se verificou foi no subsídio de alimentação e de uma maneira absolutamente insignificante: 43 cêntimos".

Sebastião Santana sublinhou ainda que o Governo tem todas as condições financeiras e orçamentais para realizar os aumentos no setor.

Sublinhe-se que a Greve Geral foi marcada para uma semana antes da votação final do Orçamento do Estado para 2023, que tem sido alvo de muitas críticas por parte do Sindicato.