A importância da Petrobras para o Brasil

O Presidente eleito esteve no Cairo na COP27 e volta ao Brasil com escala em Lisboa. Com a viagem, ganhou tempo para anunciar a equipe que vai comandar a economia. E seus discursos foram ideológicos e comprometendo o país com dados questionáveis, como os supostos trinta milhões que passam fome.

por Aristóteles Drummond

A Petrobras, maior empresa brasileira, tem grande impacto na economia. Ainda concentra a maior parte da cadeia produtiva de óleo e gás, possui mais de cem mil funcionários. Este ano pagou mais de 40 mil milhões de euros equivalentes de dividendos – a metade para o Governo que a controla.

A empresa foi a protagonista do maior escândalo de corrupção apurada e comprovada no Brasil, ocorrido nos governos do PT. Além de mais de 30 mil milhões de euros equivalentes devolvidos por funcionários e empresas, vendeu a refinaria adquirida por Dilma Roussef nos EUA por 400 milhões de dólares, tendo sido comprada por quase um mil milhões. Já Bolsonaro em seu governo escolheu uma diretoria pelo mérito. Recuperou a empresa, distribuiu lucros e dividendos, mas pouco investiu.

O Brasil importa derivados como a gasolina e o gasóleo, pois não tem capacidade de refino para atender seu consumo. Agora, Lula já afirmou que não vai vender mais nada na empresa, que já acabou com as gasolineiras em número superior a 15 mil postos vendendo a distribuição no atual Governo. A ideia era manter a empresa voltada para perfuração e exploração de óleo e gás, e não outras atividades como refino e comercialização. Este é um dos pontos polémicos do anunciado por Lula da Silva.

O Presidente eleito esteve no Cairo na COP27 e volta ao Brasil com escala em Lisboa. Com a viagem, ganhou tempo para anunciar a equipe que vai comandar a economia. E seus discursos foram ideológicos e comprometendo o país com dados questionáveis, como os supostos trinta milhões que passam fome.

 

VARIEDADES

• A Embraer comemora a quantidade de aeronaves entregues no ano, que deve colocá-la entre as cinco maiores do mundo. Serão 110 aviões executivos e 110 comerciais. No Brasil, quase toda frota da Azul é da Embraer.

• A Seleção Brasileira que começa a jogar na Copa do Mundo é composta de 26 jogadores, sendo que apenas três jogam no Brasil. O resto é na Europa e um no México. E vão jogar com apenas um treino. O presidente João Figueiredo, que gostava de acompanhar o futebol, defendeu a tese de que os convocados deveriam estar atuando no Brasil.

• Jô Soares, que não deixou herdeiros, em seu testamento legou metade de sua pequena fortuna à ex-mulher Flavia e metade a fiéis empregados.

• A atriz Cassia Kis, da novela Travessia, em exibição na Rede Globo, está sofrendo implacável campanha para sua retirada do elenco, sendo sugerida a morte da personagem por ela interpretada. O motivo: a sua manifestação de voto em Bolsonaro e a sua militância religiosa, como católica.

• OS EUA anunciaram a construção de um novo edifício para o Consulado Geral no Rio de Janeiro, em duas torres cuja construção começou semana passada. O projeto, a ficar pronto em 2026, é de escritório americano e com custo estimado em 200 milhões de dólares. Nada ainda sobre o destino da atual sede, inaugurado em 1952.

• O presidente da poderosa Fiesp, que reúne os sindicatos de empresas industriais de São Paulo, é pressionado a renunciar em virtude de suas ligações com o presidente eleito, Lula da Silva. Josué é filho do vice de Lula, nos mandatos anteriores, José Alencar, já falecido, e um dos grandes do setor têxtil brasileiro. Intolerância de todo lado.

• O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa passará o final do ano em Copacabana, seguindo na manhã do dia 1º para Brasília, onde comparecerá à posse de Lula da Silva.

• D. Rafael de Orleans e Bragança, o terceiro na linha sucessória brasileira, Príncipe do Grão-Pará, estará em Lisboa dia 29, no Grémio Literário, para o lançamento de dois livros sobre os 200 Anos da Independência do Brasil, de autoria dos professores de Coimbra Rui Marcos e Ibsen Noronha.

• Gol, empresa que divide o mercado interno com a Latam e a Azul, tem uma aliança com a colombiana Avianca e passa a ter como presidente o salvadorenho Roberto Kriete Ávila.

• O Governo brasileiro até agora tem fugido de envolvimento com empresas de aviação para evitar prejuízos comuns onde ainda prevalece controle estatal no setor.