Greve das chefias da guarda prisional ameaça deixar cadeias “sem comando”

A associação sindical, com a greve, pretende a criação de um novo estatuto profissional, a regulamentação da avaliação de desempenho do corpo de guarda prisional, a abertura de concursos para todas as categorias, o pagamento do suplemento de segurança prisional e a resolução de problemas estruturais no sistema prisional. 

A Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) realiza, esta segunda-feira, uma greve total para reivindicar um novo estatuto profissional, frisando que o protesto deixa as cadeias “sem comando”. 

Em declarações à agência Lusa, Hermínio Barradas, presidente da ASCCGP, disse que a paralisação será total e, “pela primeira vez desde o 25 de abril de 1974, as prisões portuguesas vão ficar sem chefias e sem comando”, tendo em conta que não estão assegurados os serviços mínimos. 

Assim, com a greve de hoje, “o cenário será distinto e inédito”, com as cadeias estarem “à deriva e sem um comando” para distribuição de funções. 

O sindicado, em comunicado, fala em inércia, apatia e desconsideração do Ministério da Justiça para com “os problemas do sistema prisional” e criticou a “opção do Governo de continuar a ignorar a existência de uma inédita (…) falta (…) de efetivo, indesejável e arriscada”. 

A associação sindical, com a greve, pretende a criação de um novo estatuto profissional, a regulamentação da avaliação de desempenho do corpo de guarda prisional, a abertura de concursos para todas as categorias, o pagamento do suplemento de segurança prisional e a resolução de problemas estruturais no sistema prisional. 

A ASCCGP refere ainda a “péssimas condições de trabalho”, bem como vencimentos “baixos e incongruentes”.