Tribunal confirma absolvição do suspeito de violar militar que morreu afogada na Póvoa de Varzim

Recurso interposto pela militar foi considerado improcedente. Suspeito, primeiro-cabo contratado pela Força Aérea, admitiu relações sexuais com Ani Dabo, mas alegou ter existido consentimento da vítima.

O Tribunal da Relação de Évora confirmou a absolvição do homem suspeito de violar Ani Dabo, no quartel da Força Aérea, em Alcochete, considerando improcedente o recurso que tinha sido apresentado pela militar, que morreu, no mar da Póvoa de Varzim, no final do mês passado.

O Tribunal de Santarém, primeira instância, entendeu que havia dúvidas no caso, pelo que o arguido deveria ser absolvido, decisão agora confirmada pela Relação.

O arguido, um primeiro-cabo contratado da Força Aérea Portuguesa, confirmou que tinha tido relações sexuais com Ani Dabo, mas alegou que houve consentimento e adiantou que estavam ambos alcoolizados.

Já a Força Aérea garantiu que “atuou de imediato” após ter recebido a queixa da militar, tendo acionado “os procedimentos disciplinares e criminais, nomeadamente a denúncia às autoridades judiciárias competentes (Polícia Judiciária Militar e Ministério Público) e a abertura de um processo disciplinar.

Sublinhou ainda que o militar era contratado e que passou "à disponibilidade, antes de ser conhecida a decisão final sobre o processo-crime".