Mãe de Jéssica e alegados raptores acusados de homicídio qualificado

Menina de três anos morreu em junho, em setúbal. 

A mãe de Jéssica, a menina de 3 anos assassinada em Setúbal, em junho, assim como o alegado casal de raptores da menina e a sua filha foram acusados de homicídio qualificado, esta quarta-feira.

De acordo com a CNN Portugal, Inês Tomás foi acusada pelo Ministério Público dos crimes de homicídio qualificado e ofensas à integridade física.

Já o casal de alegados raptores e a filha estão acusados de homicídio qualificado consumado, outro de rapto consumado, dois crimes de rapto agravado consumado e dois crimes de ofensa à integridade física qualificada. A mulher e a filha desta família estão acusadas de um crime de coação agravada.

Além disso, tanto o casal como os dois filhos estão acusados de um crime de tráfico de estupefacientes e um crime de violação agravada. 

Recorde-se que a mãe de Jéssica e o filho da "ama" da menina foram detidos na passada semana, tendo a mulher ficado a aguardar julgamento em prisão preventiva e o homem, de 28 anos, ficado sujeito a apresentações periódicas.

Dias após a morte da menina já tinham sido detidos a alegada ama da menina, uma mulher de 52 anos a quem a mãe da criança devia dinheiro, o marido desta, de 58 anos, e a filha de ambos, de 27 anos. 

Recorde-se que Jéssica morreu em junho, no Hospital de Setúbal, onde foi sujeita a manobras de reanimação, ainda que sem sucesso, depois de uma equipa de emergência ter sido chamada à casa da família. Os primeiros relatos indicavam que a menina tinha estado na casa da ama durante vários dias. 

De acordo com a avó da menina, Rosa Tomás, os sinais de maus-tratos já eram evidentes quando a mãe a foi buscar a casa da alegada ama, sendo que, os resultados da autópsia vieram depois a revelar que a criança esteve várias horas em sofrimento, tendo sido alvo de mais de 50 golpes. 

Informações recentemente divulgadas indicam que a menina foi usada como correio de droga, transportando estupefacientes no corpo, introduzidos alegadamente pela família, algo que a mãe da menina sabia e era cúmplice.