Portugal espera dias de glória

Este novo ano que agora começa vai ter muitos e grandes eventos para satisfação dos amantes de desporto. Portugal está bem representado em muitas frentes, é só esperar pelos resultados.

por João Sena

Mundial de andebol
A prova do nosso contentamento

O ano desportivo começa com a participação de Portugal no Campeonato do Mundo de andebol, que se realiza na Polónia e Suécia. Depois do 10.º lugar obtido em 2021 – foi a melhor classificação de sempre – a seleção tem por objetivo melhorar esse resultado na sua quinta participação num Mundial. O andebol nacional tem evoluído bastante como demonstra o 6.º lugar no Europeu de 2020, pelo que é de esperar uma presença positiva frente a adversários de elevada qualidade como são a Islândia, Hungria e Coreia do Sul. A Dinamarca é a atual campeã mundial. A partir de 14 de janeiro, vai ser uma semana de bola na mão.

 

Futebol europeu
Liga dos Campeões e das Nações em final de época

Seis meses depois do Mundial no Qatar, voltam os jogos decisivos na Liga dos Campeões e na Liga das Nações de seleções. Entre o final de maio e a segunda semana de junho realizam-se as finais da Liga Europa, onde o Sporting pode fazer um brilharete, da Liga Conferência e da Liga dos Campeões, onde dificilmente o Benfica e o FC Porto poderão chegar, mas não custa acreditar. O Benfica já mostrou que tem andamento para esta competição e os jogos europeus fazem parte do ADN dos portistas. Quatro dias depois da final da Liga dos Campeões realiza-se a Final Four da Liga das Nações, sem a presença de Portugal. Espanha, Croácia, Itália e Países Baixos vão decidir em Roterdão e Enschde quem fica com o troféu. Por aquilo que se viu no recente Mundial, a Croácia é a principal favorita.

Em julho, começa o Mundial feminino na Austrália e Nova Zelândia, onde americanas são claramente favoritas. Portugal vai disputar o playoff intercontinental em fevereiro, e pode garantir, pela primeira vez, a presença num Mundial. Em caso de apuramento, a seleção nacional terá como adversários os Estados Unidos, bicampeão mundial, os Países Baixos, finalista vencido da última edição, e o Vietname. Há desafios mais fáceis… O Qatar volta a ser sede de uma competição internacional ao organizar a Taça da Ásia, após desistência da China. A competição realiza-se entre junho e julho, e conta com 24 seleções do continente asiático. O Qatar é o atual detentor do troféu e quer redimir-se do péssimo desempenho que teve no seu Mundial. Já perto do final do ano, em novembro, realiza-se a final da Taça dos Libertadores, onde os treinadores portugueses são clientes habituais, com vitórias de Jorge Jesus (Flamengo) e Abel Ferreira (Palmeiras). Com sete treinadores portugueses a orientar alguns dos melhores clubes brasileiros é muito provável que algum chegue à final.

 

Os lobos do râguebi
Raça e atitude são armas portuguesas

Após um apuramento dramático, Portugal garantiu no último lance do jogo frente aos EUA um lugar no Mundial de França, que se disputa em outubro. A nova geração de os ‘Lobos’ está preparada para fazer um grande torneio jogando à portuguesa. Na fase de grupos, Portugal vai defrontar o País de Gales, a Geórgia e as Ilhas Fiji, adversários complicados.

 

Fórmula 1
Cortar as ‘asas’ à Red Bull

A próxima temporada será a mais longa de sempre, com 23 corridas, havendo a hipótese de serem 24, com a entrada de Portugal. Max Verstappen dominou os dois últimos anos, mas, em 2023, a conversa pode ser diferente, já que a Mercedes quer recuperar o protagonismo que teve durante oito temporadas seguidas e a Ferrari quer deixar o sempre ingrato papel de eterna segunda classificada. Há muito que as duas equipas estão a desenvolver o carro do próximo ano, e no caso da Scuderia houve também mudança na direção desportiva. O passeio da Red Bull pode estar a acabar, o primeiro grande prémio no Bahrain, no início de março, pode confirmar, ou não, se vai haver nova ordem na Fórmula 1. Uma certeza existe, para baterem Verstappen têm de ter um carro muito melhor do que o Red Bull porque em termos de piloto estamos conversados. Vettel e Ricciardo abandonaram e vamos passar a ouvir falar de Oscar Piastri, Nyck de Vries e Logan Sargeant.

 

A grande festa da NBA
A hora dos gigantes que voam sobre os cestos

Trinta equipas travaram memoráveis despiques ao longo de nove meses, mas apenas duas vão disputar as finais da NBA. O mês de junho vai ser escaldante nos pavilhões onde se vai jogar a fase final, à melhor de sete jogos, entre o vencedor da Conferência Leste e o campeão da Conferência Oeste. A equipa que primeiro alcançar quatro vitórias garante o título da NBA. Vão ser dias de intensa rivalidade entre os melhores jogadores do mundo, e de loucura coletiva entre os adeptos. Os Golden State Warriors têm defendido muito mal o título na fase regular, mas há outras equipas que estão preparadas para chegar às tão desejadas finais que valem uma época.

 

MotoGP mais difícil
Miguel Oliveira posto à prova

O piloto português garantiu um lugar no MotoGP para 2023, mas na equipa satélite da Aprilia, a RNF. Por muito apoio que tenha da equipa oficial, o material disponível e o desenvolvimento ao longo da época nunca serão iguais aos da equipa oficial. Por isso, cabe a Miguel Oliveira puxar dos galões e compensar essa diferença com a sua apurada condução. Vai ser um ano difícil, mas, ao mesmo tempo, desafiante, e se os resultados aparecerem fica demonstrado o erro da KTM em dispensar o piloto português.