Endesa. Guillermo Soler Calero vai substituir Nuno Ribeiro da Silva

Tal como o Nascer do SOL avançou, Nuno Ribeiro da Silva estava de saída depois da polémica entre a empresa e o Governo, após ter anunciado no verão aumentos de 40% na conta da luz

 Já há um nome escolhido para suceder a Nuno Ribeiro da Silva na Endesa Portugal. Guillermo Soler Calero é o novo diretor-geral da elétrica. Tal como o Nascer do SOL, Nuno Ribeiro da Silva estava de saída depois da polémica entre a empresa e o Governo, após ter anunciado no verão aumentos de 40% na conta da luz. A administração esteve quase quatro meses para fazer a sua substituição no cargo. 

Esta subida dos preços caiu que nem uma bomba junto do Governo. No entanto, tal como o i avançou, na altura, o secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, estaria a par dessas informações que iriam ser divulgadas. 

E a resposta do Governo, na altura, não se fez esperar, através de um despacho assinado por António Costa. "Perante as ameaças de práticas especulativas nos preços a praticar pela Endesa e o dever de o Estado proteger o interesse dos contribuintes na gestão dos dinheiros públicos, determina que os serviços da administração direta e da administração indireta do Estado não podem proceder ao pagamento de quaisquer faturas emitidas pela Endesa, independentemente do seu valor, sem validação prévia, por despacho do secretário de Estado do Ambiente e da Energia e para evitar a descontinuidade do serviço, devem os referidos serviços públicos e a ESPAP proceder cautelarmente a consultas de mercado, para a eventual necessidade de contratação de novos prestadores de serviço que mantenham práticas comerciais adequadas", revelou o diploma.

Uma decisão que chegou a receber o aval por parte do Presidente da República. "O despacho do primeiro-ministro é um despacho interno a dizer aquilo que qualquer superior hierárquico diz ao seu subalterno, chegou a garantir Marcelo Rebelo de Sousa, explicando que se tratava de um reforço de linhas de orientação sobre o assunto, garantindo também que era um comportamento que não «belisca as competências da ERSE – era estranho que o fizesse -, não belisca as competências da Assembleia da República, nem do Governo como legislador". Já para a elétrica optou por dar um ‘puxão de orelhas’, acusando: "Têm de ter a noção de que há quem sofra com a guerra, no dia-a-dia. Claro que entra na responsabilidade social o bom senso de não terem intervenções alarmistas ou especulativas que criem perturbação na comunidade. É o mínimo dos mínimos". 

No entanto, uma semana depois de o Governo anunciar que todas os pagamentos de serviços do Estado à Endesa ficariam sujeitos a validação prévia pelo secretário de Estado do Ambiente e da Energia, um novo despacho veio dar um passo atrás. Afinal não serão sujeitas a escrutínio, como se lia no diploma publicado a 2 de agosto, "quaisquer faturas emitidas pela Endesa independentemente do seu valor», mas apenas aquelas em que os gestores de contrato entendam que existem irregularidades".