Filha de Martin Luther King “desiludida” por ver “pouco progresso”

Filha está “exausta, exasperada e, francamente, desiludida” por ver que as palavras do seu pai se traduziram em “pouco progresso”. 

Bernice King, filha de Martin Luther King Jr, disse esta terça-feira – dia em que se comemora o 94.º aniversário do ativista pelos direitos humanos – que os governantes "gostam de citar" o seu pai, mas não vê grandes avanços nas suas políticas públicas.  

Os políticos norte-americanos têm reduzido o trabalho antirracista de Martin Luther King Jr. a um "King confortável e conveniente", esquecendo as suas verdadeiras palavras, disse a também pastora.  

"Adoramos citar King em torno do feriado. Mas recusamo-nos a viver King nos restantes 365 dias do ano", afirmou, numa missa na Capela Batista de Ebenezer, onde o seu pai pregava, perto de Atlanta, no estado norte-americano da Geórgia.  

O seu pai era "um profeta enviado a nesta nação e a este mundo", avisando sobre o racismo e as desigualdades sociais, confessando que está "exausta, exasperada e, francamente, desiludida" por ver que as palavras do seu pai se traduziram em "pouco progresso".