TAP. Greve de tripulantes foi desconvocada

Paralisação deveria arrancar a 25 de janeiro. 

Depois da última proposta TAP, a greve de sete dias dos tripulantes da empresa, que ia a começar a 25 de janeiro, foi desconvocada em assembleia geral extraordinária.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) que houve cedências das duas partes, admitiu Ricardo Penarróias, garantindo que "uma empresa como a TAP não pode ter contratos precários", reiterando que a luta por este ponto vai continuar. "Não é um acordo temporário, é o acordo que existe neste momento", concluiu.

A proposta apresentada pela TAP foi aprovada com 654 votos a favor, 301 votos contra e 20 abstenções.

Na quinta-feira, os tripulantes, reunidos em assembleia-geral, tinham rejeitado, pela segunda vez, uma proposta da TAP, que ia ao encontro de 12 das 14 reivindicações do SNPVAC, na tentativa de evitar uma nova greve.

Em relação a quinta-feira, destaca-se a cedência da TAP quanto à anulação do corte de 25% em ajudas de custo complementares.

TAP aplaude decisão

A empesa congratulou-se com a decisão de cancelamento da greve de Tripulantes de Cabina, garantindo que este cancelamento vai permitir que a companhia cumpra todas as expectativas criadas aos passageiros que confiaram na TAP para realizar as suas viagens.
 
"Esta decisão conduz a uma nova etapa na vida da TAP, reabrindo a negociação do novo Acordo de Empresa, juntando agora todos os sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP, na busca de um equilíbrio que permita cumprir os termos do Plano de Restruturação. Assegurados ficam também os interesses de todos os envolvidos, na prossecução do caminho que nos conduzirá à necessária estabilidade, sustentabilidade e crescimento da empresa".
 
E afirmou que "a operação da TAP mantém-se sem qualquer alteração e todos os compromissos assumidos com os nossos Clientes serão respeitados, numa demonstração inequívoca de que todos os seus profissionais estão fortemente empenhados na defesa e desenvolvimento da TAP".

Ainda na semana passada, a companhia de aviação tinha revelado que esta paralisação iria levar ao cancelamento de 1316 voos, afetando 156 mil passageiros, o que representa um custo total direto estimado de 48 milhões de euros (29,3 milhões em receitas perdidas e 18,7 milhões em indemnizações aos passageiros). Prevêem-se também perdas de 20 milhões adicionais devido ao impacto potencial nas vendas para outros dias e à sub-optimização de outros voos, com passageiros reacomodados, revela a companhia.