Sam Smith sofreu de preconceito depois de revelar ser pessoa não-binária

No dia em que edita o seu novo albúm, intitulado ‘Gloria’, o artista lembrou uma experiência traumática que vivenciou depois de se assumir como não-binário. Pessoas cuspiram-lhe na rua.

Numa nova entrevista ao radialista Zane Lowe, a propósito do seu novo álbum, ‘Gloria’, Sam Smith revelou o preconceito sofrido depois de se ter aberto sobre a sua identidade de género. 

“Se isso acontece comigo e sou uma estrela pop, imaginam o que outros miúdos queer sentem?”, interrogou o artista que, em 2019, passou a usar os pronomes “they/them”, ou seja, pronomes neutros. 

Além disso, Smith recordou uma experiência traumática vivida pouco tempo depois de revelar ser pessoa não-binária: “A quantidade de ódio que recebi foi arrasadora. Estava nas notícias. Cuspiram-me em cima na rua. Foi uma loucura”, lamentou. “É muito triste que estas coisas ainda aconteçam em 2023. É desesperante, especialmente em Inglaterra”, acrescentou.

Apesar do ódio generalizado nas redes sociais e na rua, o cantor fez questão de frisar que a decisão de passar a responder pelos pronomes “they/them”, foi bem recebida pela família e amigos. “Desde que mudei os meus pronomes, sinto que estou em casa. Quem me dera conhecer estes termos quando andava na escola. É isto que sou e sempre fui”, explicou.

No novo álbum, ‘Gloria’, estão incluídos os sucessos ‘Unholy’, um dueto com Kim Petras, e ‘Love Me More’ e ‘I’m Not Here to Make Friends', uma parceria com Calvin Harris e Jessie Reyez.