A Cooperação Conjunta Sino-Portuguesa na Construção de Uma Faixa e Uma Rota Possui Futuro Brilhante

Opinião do Embaixador da China em Portugal, Zhao Ben Tang

Em 2013, o Presidente Xi Jinping propôs a iniciativa de construção da Uma Faixa e Uma Rota, que foi recebido com entusiasmo pela comunidade internacional incluindo Portugal. A construção conjunta de Uma Faixa e Uma Rota tornou-se um produto público internacional e plataforma de cooperação internacional muito popular. A parte chinesa trata da conectividade física das infraestruturas como uma componente importante, trata da soft connectivity, quer dizer a conectividade em termos de regras e critérios, como importante suporte e trata da conectividade do coração e entendimento dos povos como importante alicerce.

Até Setembro de 2022, a China já assinou mais de 200 documentos de cooperação para a construção conjunta do Uma Faixa e Uma Rota com 149 países e 32 organizações internacionais. De 2013 a 2021, o volume total de comércio entre a China e os países ao longo da rota acumulou 11 triliões de dólares, com uma taxa de crescimento anual de 7,1%. O investimento direto da China nos países ao longo da rota acumulou 161 mil 300 milhões de dólares, criando 346 mil empregos locais. Os comboios de carga China-Europa operaram mais de 50 mil viagens no total, chegando a mais de 180 cidades em 23 países europeus. Em 2021, o volume de comércio entre a China e os países ao longo da rota aumentou 32,6% para os 1,8 triliões de dólares, criando um novo recorde nos 9 anos. Pode-se dizer que a Iniciativa Uma Faixa e Uma Rota atendeu ao forte desejo dos povos dos países envolvidos de viver uma vida melhor, construi uma nova plataforma para a abertura e cooperação global e abre um novo espaço para a recuperação e crescimento da economia mundial. É um caminho comum de desenvolvimento, de oportunidade e de saúde para todos os países.

A China atribui grande importância ao papel de Portugal na construção de uma Faixa e uma Rota. Os dois países têm alcançado resultados frutíferos neste quadro. A cooperação conjunta sino-portuguesa na construção de Uma Faixa e Uma Rota possui grande potencial, amplas perspectivas e futuro brilhante.

Primeiro, a cooperação sino-portuguesa na construção conjunta de Uma Faixa e Uma Rota tem vantagens inerentes.

Como uma nação marítima antiga, Portugal é situada no ponto de partida da parte europeia da antiga rota da seda marítima, e posiciona-se como ponto de encontro importante das Rotas da Seda terrestre e marítima, sendo assim um parceiro natural na construção conjunta de Faixa e Rota.

Em 2019, o Sr. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa participou como convidado importante na Segunda Cimeira de Uma Faixa e Uma Rota para Cooperação Internacional e realizou visita de Estado à China, que foi muito produtiva. Portugal foi o primeiro país da Europa Ocidental a assinar o documento da cooperação para a construção de Faixa e Rota com a China, o primeiro país da União Europeia que estabeleceu oficialmente Parceria Azul com a China, um dos países fundadores do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas e o primeiro país da Zona Euro que lançou dívidas em Renminbi. Acreditamos que, com o aprofundamento contínuo da confiança política mútua entre a China e Portugal, a comunicação de políticas desempenhará o papel orientador e catalisador nas relações bilaterais, transformando o consenso político em ações concretas e o reconhecimento conceptual em resultados práticos.

Segundo, a cooperação sino-portuguesa na construção conjunta de Uma Faixa e Uma Rota alcançou resultados frutíferos.

A China tem sido o maior parceiro comercial de Portugal na Ásia por muitos anos. De janeiro a outubro do ano passado, a China manteve a posição de maior destino de exportação de Portugal para a Ásia e o volume total dos comércios bilaterais atingiu 7 mil 278 milhões de euros, aumentando 6,6%. De janeiro a setembro do ano passado, as exportações de serviços de Portugal para a China foram 118 milhões de euros, um aumento homólogo de 34,09%. Até ao final do terceiro trimestre de 2022, o stock do investimento direto da China em Portugal chegou a 3.121 mil milhões de euros, um aumento homólogo de 9,23%. O investimento chinês chegou a 10,487 mil milhões de euros nas áreas de eletricidade, finanças, saúde, telecomunicações, assuntos hídricos, construção, serviços comerciais, parques industriais, etc. Os dois países aproveitam as plataformas e recursos como o Fundo de Desenvolvimento da Cooperação entre a China e Portugal, o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas, o Fundo da Rota da Seda e a Linha de Crédito Especial de Uma Faixa e Uma Rota, de forma a fornecer apoios à cooperação sino-portuguesa nas áreas chave como a energia, construção da infraestrutura e cooperação na capacidade de produção, impulsionando em grande medida a implementação dos projectos da cooperação entre os dois lados.

Os deliciosos produtos como carne de porco preto e vinhos portugueses ficam cada vez mais apreciados pelos consumidores chineses. Durante o Campeonato Mundial, muitos adeptos chineses optaram por cerveja Super Bock para acompanhar os jogos. Esperamos que sejam exportados mais produtos portugueses de alta qualidade para o mercado chinês. Atualmente, os projectos de investimento sino-portugueses não só geram bons benefícios económicos e sociais no local, mas também transcende o âmbito bilateral e torna-se progressivamente numa cooperação trilateral voltada aos países da Europa, África e América Latina, servindo como exemplo de cooperação tripartida no quadro de Uma Faixa e Uma Rota.

Terceiro, a cooperação sino-portuguesa na construção conjunta de Uma Faixa e Uma Rota tem amplas perspectivas.

A prática provou que a iniciativa Uma Faixa e Uma Rota está em conformidade com a tendência dos tempos e respondeu à aspiração dos dois países sobre a cooperação de ganhos compartilhados e desenvolvimento comum. Agora, ambos os países enfrentam as tarefas de estabilizar a economia, proteger o bem-estar do povo e transformar e atualizar a estrutura económica. As estratégias de desenvolvimento dos dois países são altamente compatíveis, tendo forte complementaridade económica e tecnológica. A parte chinesa está disposta a trabalhar, em conjunto com a parte portuguesa, para criar maior sinergia entre a Iniciativa e as estratégias de Portugal, expandir constantemente o volume comercial bilateral, iniciar cooperações nas áreas de saúde, desenvolvimento verde, digitalização, inovação e marítima, e ampliar a cooperação trilateral ou multilateral, fazendo com que a cooperação sino-portuguesa de alto nível ao abrigo de Uma Faixa e Uma Rota produza mais resultados e beneficie melhor os dois povos.

Em 2023, vamos assegurar que a parceria estratégica global sino-portuguesa mantenha em alto nível através das interligações e conectividades mais amplas e mais facilitadas, injetando energias mais fortes para a cooperação internacional e fazendo maiores contribuições para o progresso da humanidade!