Stresse e problemas de saúde psicológica no trabalho custam 5,3 mil milhões por ano

Em dias, estima-se que os trabalhadores faltem 7,4 dias por ano devido ao stress e aos problemas de saúde psicológica e que o presentismo seja ainda mais representativo, podendo chegar aos 15,8 dias por ano.

O stresse e os problemas de saúde psicológica custaram 5,3 mil milhões de euros por ano às empresas portuguesas em 2022. A conclusão é de um relatório da Ordem dos Psicólogos Portugueses. 

De acordo com o documento “Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho”, o absentismo custou 1,8 mil milhões de euros em 2022 às empresas em Portugal. Já o presentismo (quando os trabalhadores vão para o seu local de emprego, mas funcionam abaixo das suas capacidades por motivo) teve um custo de 3,5 mil milhões de euros, registando-se assim uma perda total de produtividade de 5,3 mil milhões por ano (o equivalente ao que o governo português gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia).

Em dias, estima-se que os trabalhadores faltem 7,4 dias por ano devido ao stress e aos problemas de saúde psicológica e que o presentismo seja ainda mais representativo, podendo chegar aos 15,8 dias por ano. Números que subiram em relação a 2020.

Este cálculo, realizado pela OPP, refere-se apenas a custos indiretos do stress e problemas de saúde psicológica no trabalho, como os que envolvem a perda de produtividade (absentismo, presentismo, rotatividade e erros/acidentes). Não estão aqui representados custos diretos, como os gastos com serviços de saúde, pagamento de seguros, problemas legais ou pagamento de multas e compensações.