OCDE. Inflação abranda para 9,4% em dezembro

É o valor mais baixo desde abril de 2022.

A inflação nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) desacelerou para 9,4% em dezembro do ano passado, o nível mais baixo desde abril de 2022.

Segundo a OCDE, a inflação registou quebras em 25 dos 38 países, tendo alcançado taxas de dois dígitos em 15 países. As taxas de inflação mais altas foram registadas na Hungria, Letónia, Lituânia e Turquia; todas acima de 20%.

O organismo diz ainda que a inflação em 2022 no conjunto destes países foi mais que o dobro do nível de 2021 (9,6% em comparação com 4%), atingindo sua maior taxa média anual desde 1988.

Mas explica que, depois do pico observado em junho do ano passado, a inflação de energia continuou a cair acentuadamente na maioria dos países da OCDE, passando de 23,8% em novembro para 18,4% em dezembro, atingindo seu nível mais baixo desde agosto de 2021.

Já a inflação de alimentos e a inflação excluindo alimentos e energia também diminuíram, para 15,6% e 7,2%, respetivamente, “parcialmente impulsionados por quedas acentuadas na Turquia”.

No que diz respeito aos países da zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) caiu para 9,2% em dezembro, face aos 10,1% de novembro.

“A inflação de energia continuou a cair, mas a inflação excluindo alimentos e energia continuou a subir em dezembro”, explica a OCDE, lembrando que a estimativa rápida do Eurostat para janeiro de 2023 aponta para um novo decréscimo da inflação homóloga na zona euro, para 8,5%, com a inflação energética a cair significativamente e a inflação excluindo produtos alimentares e energéticos a manter-se estável.