Em média, mulheres recebem menos 13% do que os homens, diz estudo da CGTP

“As mulheres trabalhadoras são ainda mais mal pagas que os homens trabalhadores”, diz o estudo, acrescentando que as mulheres têm “salários base 13% mais baixos, numa diferença que em 2021 atingiu os 153 euros, em média, mas que entre os quadros superiores rondou os 600 euros”. 

Um estudo da CGTP, divulgado esta quinta-feira, concluiu que as mulheres continuam a ser mais mal pagas que os homens.

O documento indica que o salário médio do conjunto da economia caiu, no ano passado, 4,5% em termos reais face ao ano de 2021, sendo a queda dos trabalhadores da Administração Pública maior (-5,7%) que a do setor privado (-3,6%). 

Assim, "as mulheres trabalhadoras são ainda mais mal pagas que os homens trabalhadores", diz o estudo, acrescentando que as mulheres têm "salários base 13% mais baixos, numa diferença que em 2021 atingiu os 153 euros, em média, mas que entre os quadros superiores rondou os 600 euros". 

"É precisamente entre os trabalhadores mais qualificados que o diferencial é maior em termos percentuais: 24,5% entre os quadros superiores, 14% entre os quadros médios e 16,5% entre os profissionais altamente qualificados", diz ainda a nota.  

Por sua vez, a diferença salarial entre os trabalhadores e trabalhadoras não qualificados é de 6,8% "devido à existência do salário mínimo nacional, onde as mulheres trabalhadoras são 52%". 

No setor privado, são cerca de 30% das mulheres que recebem o salário mínimo face a 23%, no caso dos homens, diz ainda a CGTP, que cita dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social referentes a julho de 2021. 

Já sobre o teletrabalho, os dados indicam que no 4.º trimestre do ano passado, 454,6 mil mulheres (cerca de 18,7% do emprego feminino) fizeram-no a partir de casa, 28% das quais sempre, 29% regularmente em diferentes modalidades, 28% fora do horário de trabalho e 14% pontualmente.