Ivo Rosa deixa cair crimes de corrupção e branqueamento no caso Máfia do Sangue

Magistrado considera que há crimes prescritos e que noutros faltam indícios.

Ivo Rosa deixa cair crimes de corrupção e branqueamento no caso Máfia do Sangue

O juiz Ivo Rosa deixou cair, esta sexta-feira, as acusações de crimes de corrupção imputados a Lalanda e Castro, ex-administrador da Octapharma, e a Luís Cunha Ribeiro, ex-Presidente do INEM, no âmbito do caso Máfia do Sangue.

Dos sete arguidos no processo, Ivo Rosa apenas pronunciou três, incluindo Lalanda e Castro e Cunha Ribeiro, mas apenas por falsificação de documento e recebimento indevido de vantagem. A médica Manuela Carvalho também vai a julgamento.

A decisão do magistrado foi dada a conhecer esta sexta-feira apesar da paralisação de funcionários judiciais. "Não é forma de restringir o direito à greve, mas eu vim cá de propósito, vim dos Países Baixos, e não tenho oportunidade de cá voltar. Não vamos ter uma ata da leitura", começou por dizer Ivo Rosa.

A não pronúncia dos crimes em causa ficou a dever-se à prescrição em alguns casos e à falta de indícios em outros.

Resta ainda saber se Ivo Rosa concede aos arguidos pronunciados a suspensão provisória do processo mediante pagamento, sendo que o ex-administrador da Octapharma Paulo Lalanda e Castro já se tinha disponibilizado a entregar 500 mil euros.

O Ministério Público, que antes admitia aceitar o pedido, pediu, hoje depois de terem sido deixados cair vários crimes, mais tempo para tomar essa decisão.

A decisão de Ivo Rosa sobre se os três arguidos evitam julgamento mediante o pagamento de um valor deverá ser conhecida ainda esta tarde.