Pedro Sánchez quer que Finlândia e Suécia integrem NATO até julho

A Finlândia e a Suécia pediram para aderir à NATO no ano passado, mas o processo não está ainda concluído, por obstáculos colocados, maioritariamente, pela Turquia.

Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, afirmou esta sexta-feira esperar que a Finlândia e Suécia integrem a NATO até julho e assegurou não ter intenção de vir a liderar esta organização, avança a Lusa.

"Antes de mais, vejo-me, espero, se assim querem os espanhóis, durante muito tempo, como presidente do Governo. Vamos ter eleições em dezembro e, desde logo, esse é o meu futuro e o meu compromisso com os espanhóis e as espanholas", garantiu, depois de ter sido questionado sobre rumores que o apontam à sucessão para o cargo de secretário-geral da NATO, a organização de defesa de países europeus e norte-americanos.

O atual secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, já anunciou que pretende deixar o cargo em outubro deste ano, depois de ter prolongado o mandato inicial por causa da guerra na Ucrânia.

Sánchez falava esta sexta-feira em Helsínquia, numa conferência de imprensa ao lado da primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, no final de um encontro bilateral para preparar a presidência espanhola da União Europeia, no segundo semestre do ano.

A Finlândia e a Suécia pediram para aderir à NATO no ano passado, mas o processo não está ainda concluído, por obstáculos colocados, maioritariamente, pela Turquia.

Sánchez e Marin disseram esperar que a adesão da Finlândia à NATO se concretize "em breve", com o primeiro-ministro espanhol a apelar que tudo esteja concluído antes da cimeira da organização prevista para julho na Lituânia.

Finlândia e Suécia assinaram um "muito bom acordo" com a Turquia na cimeira da NATO de Madrid de junho passado, com o objetivo de entrarem na organização, realçou Sánchez.

"Espero que a Turquia cumpra com o seu compromisso", acrescentou, afirmando que a Finlândia e a Suécia são "duas importantes democracias" que tornarão a NATO um "espaço muito mais forte" do que é atualmente, necessário para "dissuadir a ameaça real" da Rússia.

Pedro Sánchez sublinhou a "ideia de defesa", de cidadãos e da democracia, "da gravíssima ameaça" que é a Rússia e acrescentou que "a NATO não é contra ninguém".

Tanto Sánchez como Marin defenderam a continuidade do apoio à Ucrânia, no seio europeu e da NATO.

O primeiro-ministro espanhol prometeu manter-se do lado da Ucrânia "até o último soldado russo abandonar o país" e "no caminho até integrar a União Europeia".

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