Holocausto económico da fiscalidade socializante

O Estado socialista em que vivemos nas últimas décadas é malcomportado, é mau aluno, não entende que necessita emagrecer, que necessita de maior agilidade, maior rapidez, maior concentração…

por Eduardo Baptista Correia

Holocausto é um termo hebraico que na sua origem significava um sacrifício animal como oferecimento a Deus. O termo é, muitos séculos depois da sua origem, utilizado para referenciar o massacre de judeus e de outras minorias, efetuado nos campos de concentração nazis durante a Segunda Guerra Mundial.

Utilizo esta palavra, fortíssima, para caracterizar o impacto da fiscalidade do regime pseudossocialista que se vive em Portugal, que nas últimas décadas tanto tem prejudicado o desenvolvimento e o sucesso da economia portuguesa. A frágil estrutura da economia repleta de pequenas e mini-empresas, na sua maioria de economia de subsistência, suporta nos seus ombros um Estado forte, obeso e glutão que alimenta um vasto sistema de cargos políticos eleitos e de nomeação, um numero exagerado de empresas publicas híper mal geridas, uma longa história de derrapagens em investimentos públicos e uma voracidade de tal forma insaciável que, para alem da brutal carga fiscal asfixiante, recorre regularmente ao endividamento para continuar a alimentar a gula alarve.

Esse Estado é dirigido por quem, regra geral, sempre dependeu do Estado e dos partidos para existir. A classe de políticos dirigentes não experienciou a realidade da economia, sempre abasteceu as suas necessidades por via de um conjunto de decretos que foram gradualmente aumentando a carga fiscal sobre o setor empresarial e junto dos indivíduos e famílias que não conseguem poupar, não conseguem investir e não conseguem angariar meios para uma segurança económica. O setor empresarial português é fraco porque carrega em cima de si um peso que o estrangula.

O Estado socialista em que vivemos nas últimas décadas é malcomportado, é mau aluno, não entende que necessita emagrecer, que necessita de maior agilidade, maior rapidez, maior concentração. O Estado socialista e a sua insuportável necessidade de estragar o fruto do esforço das famílias e das empresas que trabalham, contribui para o empobrecimento da economia portuguesa. Os profissionais da política portuguesa, que o gerem, não entendem o que é necessário para inverter a tendência de atraso em que a rota da nossa economia se encontra. Esses são os responsáveis pelo processo de holocausto económico em curso. Só a profunda reforma do Estado permitirá reduzir impostos. Só a redução da carga fiscal permitirá a atração de maior investimento e a angariação de maiores índices de poupança. A continuidade das políticas socializantes levar-nos-á ao gradual atraso, ao aumento da pobreza e do número de pobres, ao aumento do foço entre ricos e pobres e ao lugar indesejado do mau exemplo europeu.

Ao contrário da esquerda que promove greves chantagistas que prejudicam os mais desfavorecidos, no dia que os portugueses se revoltarem e decidirem combater a preguiça bacteriana e fazer greve ao pagamento de impostos, este sistema de profissionais da política, oportunistas, termina. Até lá, vamos assistindo à troca de galhardetes entra as diversas fações da incompetência reinante.

E se esta noção por si só não bastar, observem-se as políticas fiscais e de estímulo à economia que os países, europeus e não só, que mais cresceram e maior qualidade de vida trouxeram à sua sociedade, implementaram. Por cá continuaremos a ver o ambiente socializante, voraz e obeso, que caracteriza a classe política dominante, a contribuir para a destruição da economia. É um holocausto económico.