Inspetores da PJ em greve ao trabalho suplementar a partir de abril

Trabalhadores reclamam devido à falta de regumentação do estatudo das carreiras especiais e à estagnação das negociações com a direção e o Ministério da Justiça (MJ). 

Os inspetores da Polícia Judiciária (PJ) marcaram uma greve ao trabalho suplementar a partir de dia 1 de abril, devido à falta de regulamentação do estatudo das carreiras especiais e à estagnação das negociações com a direção e o Ministério da Justiça (MJ). 

Segundo o pré-aviso enviado pela Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC/PJ) esta quinta-feira enviado às redações, a greve tem início às 00h00 de 1 de abril, prolonga-se durante tempo indeterminado, e irá afetar o trabalho das unidades de prevenção e o trabalho prestado fora do horário normal – ou seja, entre as 12h30 e as 14h00 e entre as 17h30 e as 9h00. 

Carla Pinto, presidente da ASFIC/PJ, disse que, em alguns casos, um inspetor recebe num serviço de piquete ou ao fim de semana um valor abaixo da remuneração mínima garantida, ou seja, um valor "ilíquido e indigno de 3,61 euros" por hora de trabalho.

Foi ainda invocada a recusa de autorização da passagem à disponibilidade quando um trabalhador atinja os 55 anos de idade e os 36 de serviço. 

Por fim, os inspetores criticaram "a ausência de qualquer avanço, efetivo, nas negociações com o Ministério da Justiça e com a Direção Nacional da PJ" para resolver os problemas e lembram que "o país atravessa um período de crise económico-social decorrente da crescente inflação".

Já a 23 de janeiro, Carla Pinto tinha alertado para a necessidade de respostas às exigências dos inspetores para problemas com cerca de duas décadas: "Durante 20 anos os inspetores puseram o bem comum à frente do seu interesse pessoal e 20 anos é tempo suficiente. Chegou a altura de as pessoas baterem o pé, é insustentável continuar a trabalhar assim".