Militares que recusaram missão afinal não foram ouvidos hoje

“É inteiramente normal que a senhora procuradora, como magistrada independente que é, queira ver este processo, para determinar o que entendem por bem determinar”, disse o advogado de defesa dos militares.

O Ministério Público decidiu suspender, esta segunda-feira, a audição dos 13 militares que se recusaram embarcar no navio Mondego, por decisão da procuradora para analisar o processo com mais detalhe.

"Por determinação da senhora procuradora da 10.ª secção do DIAP foi a diligência dada sem efeito. A informação que temos é que o Ministério Público está a analisar a situação", revelou Paulo Graça, advogado que representa os 13 militares, em declarações aos jornalistas à saída das instalações da Polícia Judiciária Militar, no Restelo, em Lisboa.

Paulo Graça sublinhou que os militares não foram constituídos arguidos, nem foi estabelecido um novo prazo para audição.

O advogado salientou que "é inteiramente normal que a senhora procuradora, como magistrada independente que é, queira ver este processo, para determinar o que entendem por bem determinar".

Os 13 militares vão agora "normalmente exercer as funções nos postos que lhe foram atribuídos" e "trabalhar normalmente", adiantou, acrescentando que estão com "uma postura muito serena e muito digna".