Economia

Pilotos chegam a um “pré-acordo” com a TAP

Exigiências negociadas vão ser posteriormente apresentados aos associados e serão votados em sede própria.

Pilotos chegam a um “pré-acordo” com a TAP

A direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) terá alcançado um “pré-acordo possível” com a TAP, apesar da CEO se encontrar com poder deliberativo. Ao que o jornal i apurou em cima da mesa a cessação da intenção do despedimento coletivo, o pagamento aos OPTs com funções de comando em cruzeiro, o pagamento da assistência geral no aeroporto e simuladores, as mesmas medidas aplicadas recentemente a outras classes profissionais, a nova tabela de ajudas de custo a partir do mês de abril, com a abertura para regressar ao modelo anterior, caso este não se revele favorável aos Pilotos, o ato de compensar em abril e maio as rubricas com os códigos 2009 e 2089 - com retroatividade a março no caso de não se chegar a acordo de novo AE no final de maio – e a reavaliação deste pagamento no caso de se estender no tempo a negociação do novo AE.

Estes pontos vão ser posteriormente apresentados aos associados e serão votados em sede própria.

“A direção do SPAC tem defendido a ideia da necessidade de contratação de Pilotos, sustentada pela frequência sistemática da TAP em recorrer a atropelos e a interpretações recentes e duvidosas do Acordo de Empresa, para viabilizar a operação deficitária que desenhou. Por este motivo, não ficámos surpreendidos quando nos informaram que a TAP iria contratar em 2023”, revela um documento a que o i teve acesso.

E acrescenta: “Com a admissão de novos pilotos, restringida legalmente apenas na situação de lay-off, verificar-se-iam, mais uma vez, situações de injustiça flagrante, que para além de imorais são a nosso ver intoleráveis”, referindo ainda que “sustentados nesta evidência flagrante, exigimos junto da TAP para que fosse reposta justiça face à contribuição dos pilotos, classe que tem suportado cortes salariais acima do resto dos trabalhadores. Principalmente pelos Pilotos que, apesar de reintegrados, ainda são alvo de um processo de despedimento coletivo, e também pelos mais novos na Empresa que, fruto do congelamento das suas progressões, teriam o seu salário igual aos que agora nela ingressam”.

O mesmo documento chama ainda a atenção que é necessário “destacar a cedência da empresa a melhores condições de trabalho já feita a outras classes profissionais, indo ao encontro de expectativas mais favoráveis do que as que ainda mantém para os pilotos”.

E deixa uma garantia: “O SPAC continuará a trabalhar e é com alguma expectativa que aguardamos a Assembleia de Empresa, onde poderemos apresentar, discutir e debater toda esta temática e onde esperamos que todos os Associados consigam manifestar a sua vontade”, referindo também que “estará atento e irredutível da defesa dos interesses dos pilotos”.

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