Há derrotas que podem valer pontos… no futuro

Portugal foi derrotado pela Geórgia (11-38) na final do Europe Championship, um jogo que serviu de aprendizagem para o Mundial.

A seleção nacional perdeu pela primeira vez esta época e ficou em segundo lugar no Europe Championship, a principal competição europeia, com exceção do Torneio das Seis Nações, que é uma competição fechada. O treinador de Portugal, Patrice Lagisquet, ficou satisfeito por defrontar a Geórgia, pois era o adversário ideal para preparar o campeonato do mundo de França.

A equipa nacional tinha dado provas de que se encontrava num bom momento ao vencer a Bélgica, Polónia e Roménia na fase de grupos, e derrotando a Espanha nas meias-finais, numa partida de grandes emoções. O percurso realizado pelos ‘Lobos’ aumentou as expectativas para a final e para a possibilidade de Portugal conquistar o segundo título de seleções, depois de ter sido campeão europeu em 2004, sob o comando de Tomaz Morais. Só que o adversário era de outro campeonato. A Geórgia ocupa atualmente a 12.ª posição no ranking mundial e dominou esta competição nos últimos dez anos. Na fase de grupos, venceu os Países Baixos, Alemanha e Espanha, derrotando a Roménia nas meias-finais.

Foi Portugal quem começou mais forte, precisando de apenas seis minutos para fazer o primeiro ensaio da partida. A Geórgia dominou o jogo nos minutos seguintes, tendo concretizado dois ensaios que mudaram o sentido do jogo. Até final da primeira parte, Portugal beneficiou da indisciplina da equipa adversária e converteu dois pontapés de penalidade que colocaram o resultado em 11-12 a favor da Geórgia ao intervalo. A final continuava em aberto e esperava-se uma segunda parte de grande nível, como aconteceu frente aos espanhóis. Pura ilusão. Portugal esteve irreconhecível, não marcou qualquer ponto no segundo período, sofreu quatro ensaios e terminou com uma pesada derrota.

A seis meses de participar no Mundial, cuja estreia está agendada para 16 de setembro frente ao País de Gales, a seleção nacional está a fazer o seu caminho e bateu de frente com uma das melhores equipas da Europa. A equipa portuguesa bem tentou, mas ficou demonstrado que vai ter de melhorar muito para ser capaz de defrontar País de Gales, Austrália e Ilhas Fiji.