‘Mulheres’ violam mulheres nas prisões

Aos anos que alerto para os perigos da ideologia do género e para o facto de servir como uma luva os interesses dos violadores… Esta denúncia tem-me valido algumas ameaças e os rótulos do costume “transfóbica”, “fascista”,“nazi”, e alguma desconfiança por parte dos mais distraídos.

por Maria Helena Costa

Isto, apesar de, em 2018, o Diário de Notícias ter noticiado que um violador – que se declarou mulher-trans depois de ser preso por ter esfaqueado várias vezes um vizinho com um bisturi – tinha violado mais duas mulheres na prisão.[1] O predador sexual, que já tinha sido condenado anteriormente por agressão, exposição indecente, indecência grosseira com crianças e crueldade animal, e que foi descrito pelo procurador como: «uma "suposta transgénero" que usou essa vertente de personalidade para ‘entrar em contato com pessoas vulneráveis’», aproveitou-se das políticas identitárias e mascarou-se com uma peruca, maquilhagem e soutiens com enchimento para se declarar mulher, ser preso na cela delas e continuar a violá-las.

Mas, quantos cidadão leram o DN naquele dia? Quais foram os canais de TV que noticiaram exaustivamente o caso e que promoveram a discussão pública sobre o assunto? A quem interessava que o assunto não fosse muito falado?

– Não sei quantas pessoas leram o artigo. Não me lembro de o assunto ter sido noticiado nos diversos canais de TV e muito menos de uma discussão a respeito. E, só interessa que o assunto não seja muito falado aos que insistem em impor-nos a ideologia do género, desde o pré-escolar e em todo o lugar, como algo moderno, emancipador e cientificamente comprovado.

Entretanto, na Califórnia, onde esta ideologia continua a alastrar como um cancro maligno que não é tratado, aumenta o número de mulheres que se sentem ameaçadas por homens mascarados de mulheres. Desde 2021, o Estado permitiu que 47 prisioneiros do sexo masculino que se identificam como transgéneros ou "não-binários” adentrassem as prisões femininas. Como era de esperar, começaram a aparecer denúncias de mulheres que estavam a ser violadas por “presidiárias” do sexo masculino e, pasme, o Estado, que criou e aprovou as políticas que os colocaram nas prisões femininas, além de não se importar[2] ainda reforçou as restrições às prisioneiras biologicamente femininas.

Pior, quem decidiu que os homens podiam escolher ser presos nas celas das mulheres sabia muito bem o que daí adviria, pois instalou dispensadores de preservativos nas prisões femininas. Ou seja: admitiu que os prisioneiros que se autodeterminavam mulheres violariam as reclusas. As prisioneiras contam ainda que os guardas ignoram sistematicamente os relatos de agressão sexual e violação e algumas chegam a afirmar que os guardas as puniram por denunciar o assédio.

Krystal Gonzalez, uma das vítimas, afirmou que não recebeu nenhum recurso depois de ter sido violada por um dos prisioneiros "trans" e que, quando denunciou o abuso, os guardas não reconheceram que tinha sido um homem a agredi-la, referindo-se ao agressor como “uma mulher transgénero com pénis". Ela lamenta:

«Isso piora a minha angústia porque não acredito que eles possam realmente avaliar a minha queixa se fingirem que as mulheres podem ter pénis. Esse homem violou-me, e quando os guardas me tentam dizer que foi uma mulher, sinto-me violada mais uma vez.»

Também Sagal Sadiq, uma mulher biológica que se identifica como um homem-trans, afirma que a forma como os guardas tratam as mulheres que denunciam os abusos sexuais leva a que estas saibam que não só ficarão totalmente desprotegidas, mas que também serão activamente punidas por denunciar, e que isso é uma forma eficaz de reduzir o número de queixas com as quais o Estado e os próprios guardas prisionais não querem lidar. 

Num registo público, de 2022, o Departamento de Correcções e Reabilitação da Califórnia afirmou que um grande número de presidiários que se autodeterminam transgénero e exigem cumprir pena em prisões femininas são predadores sexuais; uma terça parte dos 287 homens que se candidataram a prisões femininas são criminosos sexuais; e um quarto já havia sido condenado por crimes sexuais.[3]

Entretanto, no Canadá[4], um estudo alarmante, realizado pelo departamento de prisões do Canadá[5], revelou que quase metade dos detentos que se autodeterminam mulheres-trans (portanto, homens biológicos) tem um histórico de crimes sexuais. 71% desses homens foram presos por crimes violentos, incluindo assassinatos, crimes sexuais, assaltos e agressões. Na maior parte dos casos, eles cometeram esses crimes como homens, antes da transição (que não envolve necessariamente a remoção dos órgãos sexuais masculinos), e as suas vítimas eram principalmente mulheres e crianças, que normalmente sofriam ferimentos graves ou morriam.

Estes estudos dão razão aos que temem que as mulheres detidas em prisões tenham de dividir a cela com homens biológicos, condenados por violarem mulheres. Maxime Bernier diz que esta política é insana e postou no Twitter: «Esses homens violadores que fingem ser mulheres são enviados para prisões femininas e podem continuar a violar mulheres». 

O Canadá começou a enviar os criminosos trans para instalações que correspondiam à sua “identidade de género” e não ao seu sexo biológico em 2017.

Dois exemplos: Catherine Lynn assassinou um vizinho e fez sexo com o seu cadáver no tempo em que ainda se identificava como homem. Depois de se auto-determinar mulher, Lynn foi alojado na prisão feminina da Grand Valley Institution, em Kitchener, Ontário.

O mesmo aconteceu com Adam Laboucan, um pedófilo que violou uma criança de três meses, e que depois de se aut-determinar mulher recebeu permissão para se mudar para uma ala feminina na Fraser Valley Institution.

Quando leio estas notícias, pergunto: onde anda o movimento feminista, que não rasga as vestes em defesa das mulheres que são vítimas de uma ideologia tão perniciosa, e insiste em ignorar estudos como o que se realizou na Suécia em 2011? 

Esse estudo[6] descobriu que as pessoas que fazem a transição de homem para mulher mantêm um 'nível masculino de criminalidade', o que significa que as “mulheres-trans” são mais propensas ao crime, incluindo ofensas violentas, do que as mulheres biológicas, e que isso acontece mesmo depois de tomar hormonas ou fazer a cirurgia.

Entretanto, por cá, em 2022, um transgénero que se identifica como mulher, mas mantém o seu órgão sexual masculino intacto, foi apanhado a fazer sexo com outra reclusa na prisão de Santa Cruz do Bispo.[7]

E, mais recentemente, um homem que se autodetermina mulher foi enviado para a prisão feminina de Tires depois de ter esfaqueado os pais, que vieram a falecer algum tempo mais tarde. A notícia[8] denunciava o facto de as guardas da cadeia feminina se terem recusado a revistar um homem biológico, que mudou de nome e de “género” nos documentos oficiais, mas que mantém o seu órgão sexual masculino. A ênfase estava no facto de as novas regras ordenarem que a revista seja feita por pessoas do sexo com o qual a pessoa transgénero se identifica. Ou seja: no caso específico, as guardas prisionais teriam de apalpar o sexo de um homem biológico que se sente mulher. Isso é abuso!

Quem defende os direitos das guardas prisionais? Como é que o Estado as obriga a revistar um homem só porque ele decidiu que se sente uma mulher?

Como é que “a geração mais bem preparada de sempre” foi enredada na mentira de que não podemos ser nada que não tenhamos escolhido ou construído?

A ideologia de género é o exemplo mais claro a esse respeito. Em volta dela, surgiu toda uma ideologia política que nega as determinações biológicas do sexo e as diaboliza como “opressão patriarcal, opressora e heteronormativa”.

Urge dizer que a relva é verde. O “género”, e não o sexo, é uma construção cultural, um artifício que tem como objectivo negar a relevância do sexo para a identidade do indivíduo. Assim, a “identidade” ser-lhe-ia dada por um dos 114 géneros, que lhes são apresentados na escola ou nas redes sociais, e que ele elegeria depois de experimentar vários, e não pelo sexo, que há que fazer desaparecer.

Desta forma, nascer homem ou mulher não significa que alguém seja homem ou mulher. O que a ideologia do género afirma por todo o lado é que o meu sexo, como biologia, presente em cada célula do meu corpo, não diz nada acerca da minha identidade, e que é o “género” como conjunto de papéis sociais, expressões culturais e orientações do desejo sexual, que define a minha identidade. E, isso, caro leitor, pertence à área da ficção.

 


[1] https://www.dn.pt/mundo/transgenero-condenada-a-prisao-perpetua-por-violacoes-em-cadeia-feminina-9989891.html 

[2] https://freebeacon.com/california/californias-female-prisoners-feel-threatened-by-transgender-inmates-the-state-doesnt-care/

[3] https://www.dailymail.co.uk/news/article-11750379/Violent-trans-pedophile-raped-three-month-old-moved-female-prison-mother-baby-unit.html

[4] https://www.dailymail.co.uk/news/article-11818117/Canadas-trans-male-female-prisoners-killers-sex-criminals-alarming-study-shows.html

[5] https://www.dailymail.co.uk/news/article-11750379/Violent-trans-pedophile-raped-three-month-old-moved-female-prison-mother-baby-unit.html

[6] https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21364939/

[7] https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/reclusa-trans-castigada-por-sexo-com-mulher-na-cadeia-de-santa-cruz-do-bispo-no-porto

[8] https://www.jn.pt/justica/guardas-de-cadeia-feminina-recusam-se-a-revistar-mulher-transgenero-15258424.html