Atentados num país de brandos costumes

Do atentado em Fátima contra João Paulo II à morte do palestiano Sartawi no Algarve.

Várias tentativas de atentados têm marcado Portugal, um país de ‘brandos costumes’ em  no topo dos rankings no que respeita à segurança. O primeiro das últimas décadas teve como alvo a mais alta figura da Igreja Católica. Depois de ter sido baleado a 13 de maio de 1981 na Praça de São Pedro, no Vaticano, por um turco chamado Mehmet Ali Agca, volvido um ano, a 12 de maio de 1982, na Cova da Iria, viu a sua vida estar em risco novamente. É que o padre espanhol Juan Maria Fernandez y Krohn atentou contra a vida de João Paulo II, usando uma faca, por considerar que o Sumo Pontífice era um defensor das ‘traições’ levadas a cabo pelo Concílio do Vaticano II, assim como um agente de Moscovo. Um ano depois, dava-se o assassinato de um representante da OLP – o ato terrorista foi reivindicado pela organização extremista palestiniana de Abu Nidal; Issam Sartawi era conselheiro pessoal de Yasser Arafat – e o ataque à embaixada da Turquia, que fez sete mortos.

Anos antes, em novembro de 1979, o embaixador de Israel em Portugal já tinha também sido alvo de um atentado, reivindicado por extremistas palestinianos. Três outras pessoas ficaram feridas no ataque: o motorista do Embaixador Ephraim Eldar, um polícia de serviço na embaixada e uma transeunte. O guarda-costas português foi morto enquanto pegava no seu revólver, disse uma testemunha ao New York Times. 

Há um ano, em fevereiro de 2022, um jovem de 18 anos foi detido pela PJ por suspeitas de planear um ataque contra os colegas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Soube-se depois que o mesmo estaria ‘viciado’ em vídeos de massacres em escolas e teria um plano detalhado para atacar uma ala da faculdade, provocando uma chacina. M.M.R.