Carta aberta a não sei quem

Corremos o sério risco de voltarmos a viver o pesadelo das prisões domiciliárias, do distanciamento de pessoas amigas e do uso das máscaras como único remédio para sobrevivermos a um qualquer vírus

António Maria Coelho de Caravalho, OCA Reformado

Li nos jornais a notícia da possível fusão do Instituto Gulbenkian de Ciência com o Instituto de Medicina Molecular, no mesmo dia em que recebi, de Espanha, mais dois livros a juntar aos muitos que já não terei tempo de entender: La Trilogia Del Coronavirus e Pensando La Evolución, Pensando La Vida, ambos do Dr. Máximo Sandín. 

Ter lido a notícia da fusão daquelas organizações e recebido os livros no mesmo dia, fez saltar uma faísca nos meus neurónios: Porque é que estas prestigiadas instituições não se pronunciaram sobre a covid-19 e as vacinas?

Dada a mais que evidente ignorância que grassava, em todos os dirigentes políticos e na população em geral, considerando também as divergências instaladas entre os médicos, porque não tentaram o IGC e/ou o IMM explicar o que se passava, numa meritória ação de divulgação científica? 

Terão sido ouvidos pelo Governo, quando este disse ter tomado as medidas restritivas das nossas liberdades depois de ouvidas as sumidades científicas?

Por esse mundo fora, não em Portugal, há quem denuncie a existência de elementos nocivos incorporados nas vacinas mais conhecidas. Continuam os excessos de mortes reais em relação às mortes previstas pelas estatísticas.

Suspeitam-se causas mas, em Portugal, as vacinas não são suspeitas, quanto muito nasceu uma doença nova: a ‘covid longa’.

Corremos o sério risco de voltarmos a viver o pesadelo das prisões domiciliárias, do distanciamento de pessoas amigas e do uso das máscaras como único remédio para sobrevivermos a um qualquer vírus ou micróbio que seja responsabilizado por nova epidemia. 

Muito provavelmente, os órgãos da comunicação social voltarão a nada dizer sobre a importância da alimentação, da necessidade de sono reparador e do papel do nosso sistema imunitário na nossa saúde e resistência à doença.

Entretanto foi aprovada na AR a lei da eutanásia, que só interessa a uma ínfima parcela dos portugueses. Esta aprovação não deixa, no entanto, de ser demonstrativa das deficiências da nossa democracia. A eutanásia foi aprovada por deputados que representam metade dos eleitores e ignoram ou não acreditam nas potencialidades das Medicinas Alternativas. Fez falta no Parlamento quem, por exemplo, pudesse esclarecer os colegas que a acupuntura chinesa pode minorar e mesmo eliminar a ‘dor física’, como o Dr. Pedro Choy demonstra na sua atividade clínica; ou que muitas das doenças crónicas, ditas incuráveis pela Medicina do SNS, podem ser tratadas com êxito por Medicinas Alternativas. Faz falta no Parlamento a voz dos profissionais da saúde silenciados pelo Governo socialista.

É tempo dos que acreditam nas Medicinas Holísticas reunirem esforços e encetarem uma campanha de Divulgação da Medicina Natural, englobando todas as terapias já oficializadas, procurando interessar médicos naturopatas, jornais, canais de televisão, editoras, restaurantes, pessoas e organizações que estejam dispostas a divulgar experiências abonatórias das virtudes das ‘medicinas alternativas’. 

Reconheço que não terei tempo de vida nem dinheiros, nem relacionamentos ou conhecimentos que possam ter grande influência na luta que, a travar-se, será dura.

O apagamento histórico das ideias de Béchamp e o triunfo da teoria microbiana de Pasteur facilitaram a ‘guerra santa’ aos micróbios e às pragas com a criação de antibióticos e de pesticidas, herbicidas, fungicidas, inseticidas… Como os vírus não são verdadeiramente micróbios tiveram que ser combatidos com vacinas, durante muito tempo consideradas milagrosas mas cuja eficácia e inocuidade são hoje postas em causa.

Uma boa alimentação deixou de ser considerada fundamental para a saúde. Como somos, por natureza gulosos, o açúcar passou a ser consumido em doses cada vez maiores. Os cereais refinados ainda estão na moda. Comer, principalmente o almoço, é para grande parte dos dias e das populações em contrarrelógio. Muitos alimentos são embalados, processados com conservantes ou ‘pasteurizados’ para ficarem nas prateleiras das lojas mais tempo e mais atrativos, sem despertarem suspeitas de estarem ‘fora de prazo’. O álcool, o tabaco e a ignorância dos consumidores foram também contribuindo para o exponencial aumento das doenças crónicas, hoje, a causa fundamental das deficiências do nosso SNS. 

Não há médicos nem enfermeiros a menos, há é doentes a mais