Menos mortes, mas continua a existir incerteza em relação à covid-19

“A fadiga pandémica ameaça-nos a todos. Estamos todos fartos desta pandemia e queremos deixá-la para trás, mas este vírus veio para ficar e todos os países terão de aprender a geri-lo juntamente com outras doenças infecciosas”, reconheceu o diretor-geral da OMS.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou, esta quinta-feira, a tendência para a redução de mortes provocadas pela covid-19 nas últimas semanas, contudo, alertou para as "incertezas críticas" sobre a evolução do coronavírus.

"Em cada uma das últimas 10 semanas, o número de mortes notificadas semanalmente foi o mais baixo desde março de 2020", avançou o diretor-geral da OMS, na abertura da reunião do Comité de Emergência desta organização.

Os especialistas de várias áreas que integram este comité estão a avaliar se a pandemia ainda constitui uma emergência de saúde pública global e Tedros afirmou ser "muito gratificante ver que a tendência de queda" do número de óbitos continuou desde a última reunião, em janeiro.

"Esta tendência sustentada permitiu que a vida voltasse ao normal na maioria dos países e aumentou a capacidade dos sistemas de saúde para lidar com os potenciais ressurgimentos e com o fardo da condição pós-covid-19" (permanência de sintomas após a infeção ou 'covid longa')", avançou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

No entanto, o responsável da OMS alertou que ainda "persistem algumas incertezas críticas sobre a evolução do vírus, que tornam difícil de prever" a dinâmica da sua transmissão futura ou o seu comportamento sazonal.

"A fadiga pandémica ameaça-nos a todos. Estamos todos fartos desta pandemia e queremos deixá-la para trás, mas este vírus veio para ficar e todos os países terão de aprender a geri-lo juntamente com outras doenças infecciosas", reconheceu o diretor-geral da OMS.

Na quarta-feira, a organização lançou um novo plano global para a gestão da covid-19 até 2025, que alerta para os milhões de casos de 'covid longa' que vão continuar a necessitar de cuidados médicos.