Suspeita de tráfico de órgãos após mortes em seitas no Quénia

Segundo a Direção de Investigação Criminal (DIC) do Quénia, existe um “tráfico bem coordenado de órgãos humanos envolvendo vários atores”, lê-se num documento citado pela agência de notícias France-Presse.

A polícia responsável pela investigação da morte de mais de cem membros de uma seita religiosa no Quénia suspeitam que possa ter acontecido tráfico de órgãos humanos com as vítimas mortais, depois de vários cadáveres exumados surgirem com falta de alguns órgãos.

Segundo a Direção de Investigação Criminal (DIC) do Quénia, existe um "tráfico bem coordenado de órgãos humanos envolvendo vários atores", lê-se num documento citado pela agência de notícias France-Presse.

Após terem sido feitas autópsias a 112 corpos, foi descoberto que a maioria das vítimas morreu de fome, provavelmente depois de ter seguido a recomendação de Paul Nthenge Mackenzie, um autoproclamado pastor da Igreja Internacional da Boa Nova, e, além disso, os exames "revelaram a falta de órgãos nalguns dos corpos exumados".

Segundo a DCI, este influente pastor recebeu "avultadas transações em dinheiro" provenientes de Mackenzie, que terá conseguido este dinheiro através da venda de alguns imóveis dos fiéis.

Nessa seita é transmitida a ideia de que quem jejuar até à morte, encontrará Jesus numa nova vida.

O presidente do Quénia, William Ruto, acusou Paul Mackenzie de ser um "terrível criminoso".